O RBRY11, fundo imobiliário de recebíveis gerido pela RBR Asset, divulgou seu relatório gerencial referente a setembro de 2025, mostrando um mês de intensa movimentação em sua carteira. O destaque ficou por conta do investimento primário de R$ 14 milhões no CRI Embraed – Alaia, que remunera CDI + 4,00% ao ano. Esse papel está ligado à Embraed, tradicional incorporadora com mais de 40 anos de atuação em Balneário Camboriú (SC).
A operação conta com alienação fiduciária das cotas da SPE, cessão fiduciária de recebíveis, alienação fiduciária de salas comerciais e terrenos, além de aval pessoal e corporativo. Segundo o relatório, todas as garantias foram estruturadas com foco na segurança e na diversificação do risco.
Desinvestimento e movimentação na carteira de CRIs
Durante o mês, o fundo também concluiu o desinvestimento total do CRI ZiliCred Sênior, com uma venda de R$ 6,7 milhões no mercado secundário. Com isso, setembro terminou com 42 operações ativas, todas rigorosamente em dia com suas obrigações financeiras.
A gestora destacou que 95% das operações da carteira foram ancoradas pela RBR, o que significa que o fundo teve papel relevante na originação, estruturação ou investimento de mais da metade do volume emitido. Essa característica reforça o controle da RBR sobre os ativos e o alinhamento entre o fundo e seus emissores.
Garantias e perfil geográfico do portfólio
O relatório também detalha as garantias imobiliárias que lastreiam os CRIs da carteira. O LTV médio (loan-to-value) é de cerca de 61%, indicando um nível de alavancagem considerado saudável. Além disso, 40% das garantias estão no estado de São Paulo, sendo 75% na capital paulista.
Dentro da cidade, 21% das garantias estão localizadas em regiões prime, como Faria Lima, Jardins e Pinheiros, áreas conhecidas pela alta liquidez e valorização imobiliária. A gestora disponibilizou inclusive um mapa interativo para os investidores acompanharem as localizações dos imóveis que compõem as garantias do fundo.
Atualização de rating e análise de risco
O fundo manteve o rating A- para o CRI Lux Vila Nova Conceição, que representa R$ 30,5 milhões de exposição, equivalente a 2,4% do patrimônio líquido do fundo. A decisão veio após revisão feita em setembro, considerando fatores como o bom ritmo de vendas das unidades e o nível confortável de LTV.
A RBR explicou que as revisões de rating seguem um modelo proprietário que classifica cada operação em uma escala de AAA até D, com base em parâmetros objetivos. Segundo o relatório, 100% das operações seguem em dia com suas obrigações, sem registros de inadimplência.
Resultado e distribuição de rendimentos
O RBRY11 distribuiu R$ 1,25 por cota referente ao mês de setembro, com pagamento realizado em 16 de outubro de 2025 aos cotistas posicionados em 9 de outubro. O valor representa um dividend yield anualizado de 16,75% sobre a cotação de mercado, o que equivale a uma rentabilidade ajustada de CDI + 2,25% ao ano.
Além disso, o fundo encerrou o mês com reserva de R$ 0,27 por cota, o que pode contribuir para a estabilidade dos rendimentos nos próximos meses.
Para investidores pessoa física com participação inferior a 10% no fundo, os rendimentos permanecem isentos de Imposto de Renda, sendo tributado apenas o ganho de capital (20%) em caso de venda das cotas com lucro.
Monitoramento constante e transparência
A RBR reforçou que todas as operações do fundo passam por monitoramento mensal, com acompanhamento de indicadores financeiros e visitas técnicas quando necessário. O objetivo é identificar e antecipar potenciais riscos, atuando diretamente com os devedores para evitar deteriorações de crédito.
Esse acompanhamento contínuo, aliado à qualidade das garantias e à diversificação da carteira, tem mantido o RBRY11 entre os fundos de papel mais estáveis e transparentes do mercado.



