O RECR11 divulgou seu relatório gerencial referente a outubro e apresentou mais um mês de resultados expressivos. O fundo anunciou a distribuição de R$ 0,8037 por cota, mantendo a consistência que tem marcado sua trajetória recente. Considerando a cota de fechamento de R$ 77,40, o dividend yield mensal foi de 1,038%, o que representa 12,46% ao ano, totalmente isento de Imposto de Renda para pessoas físicas.
O desempenho reforça o papel do fundo como uma alternativa sólida entre os fundos de papel, entregando retorno equivalente a 105% do CDI líquido, mantendo uma performance acima da média em um cenário de juros em queda.
Distribuição acumulada e histórico de performance
Nos últimos 12 meses, o RECR11 distribuiu R$ 11,83 por cota, mantendo sua rentabilidade dentro de um padrão elevado entre os FIIs de CRI. Desde o IPO, realizado em 2017, o fundo já acumulou 147,7% de retorno sobre a cota base de R$ 100, enquanto o CDI líquido do mesmo período ficou em 77,7%.
Esses números reforçam a capacidade da gestão em manter rendimentos consistentes mesmo em momentos de oscilação do mercado imobiliário e de crédito. A combinação entre uma carteira bem diversificada e critérios de seleção rígidos tem sido um dos pilares da estratégia do fundo.
Alocação dos recursos e composição da carteira
Ao final de outubro, 95% dos recursos do fundo estavam alocados, com 98 operações de CRIs e 5 cotas de outros FIIs. Essa alocação demonstra o foco do RECR11 em manter uma exposição elevada ao mercado de crédito imobiliário, garantindo retornos previsíveis e proteção contra a inflação em boa parte da carteira.
O valor total dos ativos somou R$ 2,425 bilhões, distribuídos da seguinte forma:
- CRIs: R$ 2,208 bilhões
- FIIs: R$ 90,6 milhões
- Imóveis: R$ 78,2 milhões
- Cotas de Fundos de Investimentos (D0): R$ 47,7 milhões
- Outros ativos: R$ 33 mil
O elevado percentual de alocação em CRIs segue como destaque, reforçando o perfil de fundo voltado à renda recorrente e à isenção de imposto para investidores pessoa física.
Novas aquisições fortalecem a carteira
Durante o mês, o fundo realizou diversas aquisições de CRIs, totalizando valores significativos em diferentes emissores e indexadores. Entre os principais movimentos, estão:
- CRI Ativos Residenciais Diversificados 2 (Habitasec Securitizadora): aquisição de R$ 15 milhões, com taxa de CDI + 3% ao ano e garantias como alienação fiduciária e fundo de reserva.
- CRI Bacabal (Virgo Securitizadora): novas cotas no valor de R$ 3,1 milhões, remuneradas a IPCA + 12% ao ano.
- CRI Terra Santa (Leverage Securitizadora): R$ 1,98 milhão, a IPCA + 8% ao ano.
- CRI Pulverizado Projetos Residenciais (Habitasec): somando R$ 3,19 milhões em novas aquisições, com taxa de IPCA + 10% ao ano.
- CRI T Cash e T Cash 2 (Provincia Securitizadora): cerca de R$ 4,17 milhões, ambos rendendo IPCA + 8,5% ao ano.
Essas movimentações reforçam a estratégia do fundo de diversificar emissores e garantir exposição a diferentes tipos de indexadores, reduzindo o risco global da carteira.
Operações compromissadas e liquidações
Outro ponto relevante do relatório de outubro foi a operação compromissada realizada pelo fundo, que captou R$ 20 milhões com vencimento em outubro de 2026. A operação representa cerca de 0,84% dos ativos do RECR11 e será amortizada de forma gradual, aproveitando o retorno das aplicações no período.
Além disso, o fundo liquidou o CRI Fampar, no valor de R$ 883 mil, e alienou cotas dos CRIs Zarin, Buriti e MRV, somando cerca de R$ 799 mil. Essas movimentações indicam um processo ativo de gestão e reciclagem de portfólio, típico de fundos que buscam eficiência e melhoria contínua na qualidade de crédito dos ativos.
Consistência e perspectiva
Com quase oito anos de histórico, o RECR11 segue consolidado como um dos principais fundos de CRI do mercado brasileiro. O foco em operações bem estruturadas e a capacidade de manter um alto índice de alocação reforçam sua posição entre os fundos mais consistentes do segmento.
A manutenção de rendimentos acima de 1% ao mês, mesmo em um ambiente de taxas em transição, mostra que a estratégia da gestão tem se mostrado eficaz na preservação e geração de valor para os cotistas.


