O fundo imobiliário INLG11, focado no setor de logística e ligado ao Banco Inter, divulgou seu novo relatório gerencial trazendo atualizações sobre desempenho, portfólio, inadimplência e cenário econômico recente. Os dados mostram estabilidade nas distribuições, movimentações relevantes em seus ativos e um ambiente macroeconômico que segue influenciando o mercado de fundos imobiliários ao longo de 2025.
Cenário macroeconômico e desempenho do IFIX
O relatório destaca que o IFIX encerrou outubro em alta de 0,12%, chegando aos 3.593,58 pontos e mantendo a sequência positiva registrada ao longo do ano. No acumulado de 2025, a alta chega a 15,34%, reforçando um período de recuperação para muitos segmentos do mercado imobiliário listado.
Em relação à política monetária, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano na reunião realizada nos dias 4 e 5 de novembro. Esse patamar elevado segue impactando investidores e fundos, especialmente aqueles com maior sensibilidade ao custo de capital.
A inflação também foi abordada no relatório. O IPCA avançou 0,48% em setembro, abaixo da expectativa de 0,55%. Mesmo assim, o índice acumulado de 12 meses é de 5,17%, permanecendo acima do limite permitido pela meta oficial. Um ponto que chamou atenção foi o impacto do fim do bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica residencial, que contribuiu para a forte alta de 2,97% no grupo Habitação. Já alimentação no domicílio apresentou seu quarto mês consecutivo de recuo.
Resultados e desempenho financeiro do INLG11
O fundo distribuiu R$ 0,74 por cota referente aos resultados de outubro no regime de caixa. Segundo os dados apresentados, a distribuição permanece acima da média histórica e representa um dividend yield prospectivo anualizado de 11,97%, considerando o valor da cota ao fim do mês, que fechou em R$ 74,21 no mercado secundário.
O resultado geral do mês ficou alinhado com o esperado pela gestão, impulsionado por receitas de locação acima do histórico e despesas estáveis ao longo do período.
Movimentações no portfólio do fundo
O relatório também trouxe novidades importantes relacionadas aos ativos do INLG11. No Parque Logístico Gaiolli, houve a saída de um locatário, mas a área foi rapidamente realocada para um inquilino já existente no ativo. Esse mesmo inquilino renovou contrato por mais 60 meses, com aumento de 19,8% no valor da locação, além de expandir sua operação. Esse movimento reforça a resiliência operacional e o nível de demanda pelos imóveis do fundo.
Outro ponto mencionado foi o recebimento atrasado de um locatário referente ao mês anterior, resultando em aumento relevante na receita do ativo durante outubro. Já a inadimplência do período ficou em 0,8% do total de receitas, nível considerado baixo dentro do segmento logístico.
Vacância segue controlada no portfólio
A vacância física permanece em níveis bastante reduzidos. O INLG11 mantém uma área vaga de apenas 356 m² no Parque Logístico Rio Campo Grande, equivalente a 0,3% da ABL total. No recorte de 12 meses, a vacância física média do fundo é de 2,2%, evidenciando estabilidade nas ocupações.
A gestora e a administradora imobiliária afirmaram continuar buscando novos contratos para a pequena área ainda vagante e se comprometeram a comunicar ao mercado qualquer novidade sobre esse processo.
Informações principais do INLG11
- Segmento: Logística
- Dividendos de outubro: R$ 0,74 por cota
- Dividend yield anualizado: 11,97%
- Preço da cota ao final do mês: R$ 74,21
- Vacância atual: 0,3%
- Vacância média 12 meses: 2,2%
- Inadimplência outubro: 0,8%



