O fundo imobiliário HGLG11, um dos maiores do segmento logístico da B3, divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de novembro de 2025. O documento reúne informações sobre resultado, distribuição de rendimentos, movimentações de locatários, aquisições recentes, reavaliação de ativos e indicadores operacionais do portfólio.
Resultado e rendimentos distribuídos
Em novembro, o HGLG11 registrou receita total de R$ 1,44 por cota, resultando em um resultado de R$ 1,06 por cota. O desempenho do mês foi impactado por um recebimento não recorrente superior a R$ 0,25 por cota, relacionado ao ativo de Duque de Caxias.
A distribuição de rendimentos foi de R$ 1,10 por cota, mantendo o mesmo patamar observado nos meses anteriores. Com isso, a reserva acumulada do fundo foi reduzida para R$ 0,21 por cota. O pagamento ocorreu em 12 de dezembro de 2025, conforme calendário divulgado.
Movimentações de locatários e vacância
Durante o mês, o fundo registrou a saída dos locatários Roja e Eletrobras do ativo Syslog, além da saída da Memodoc do imóvel de Duque de Caxias. Em função dessas movimentações, a vacância física do portfólio subiu para 2,4% em novembro, enquanto a vacância financeira atingiu 2,5%.
A gestão também apresentou projeções para os próximos meses. Em dezembro, está prevista a entrada da Knight Therapeutics no ativo Masterlabs, enquanto a Plastic Omnium deve deixar o ativo de São José. Para janeiro e fevereiro de 2026, outras saídas já mapeadas podem elevar a vacância física projetada para 4,5% em fevereiro de 2026.
Estrutura de alavancagem do fundo
O HGLG11 encerrou novembro com alavancagem financeira de 9,7% sobre o portfólio. Considerando a dívida contraída via SPEs, esse percentual sobe para 11,4%. Segundo a gestão, essa estrutura foi adotada para apoiar a expansão do portfólio, sem comprometer a estrutura de capital, e segue sendo acompanhada de forma ativa.
Indicadores operacionais do portfólio
Ao final de novembro de 2025, o fundo contava com:
- 37 imóveis distribuídos pelo Brasil
- 176 locatários ativos
- 2.082.809 m² de Área Bruta Locável (ABL)
- WALE médio de 4,0 anos
O aluguel médio do portfólio foi informado em R$ 27 por metro quadrado, enquanto o valor médio de mercado dos ativos alcançou R$ 3.601 por metro quadrado.
Desenvolvimento imobiliário em andamento
A gestão informou que um dos projetos em desenvolvimento está com a obra 99,9% concluída, já em operação e com licenças emitidas. A única pendência remanescente é a finalização da Contenção 02, cuja conclusão está prevista para março de 2026.
Conclusão da 10ª emissão de cotas
Em novembro, o HGLG11 concluiu sua 10ª emissão de cotas, com captação total de R$ 1,4 bilhão. Os recursos foram direcionados para a expansão do portfólio logístico do fundo.
No âmbito dessa emissão, o fundo concluiu duas aquisições relevantes:
- Portfólio I, com 5 galpões logísticos e 235.459 m² de ABL;
- Portfólio II, com 3 galpões logísticos e 185.709 m² de ABL.
Com essas aquisições, foram adicionados 8 novos galpões logísticos, totalizando 421.168 m² de ABL, ampliando a diversificação e a escala operacional do fundo.
Reavaliação dos ativos imobiliários
O HGLG11 também concluiu o processo anual de reavaliação dos ativos a valor de mercado, conduzido pela Colliers Brazil em novembro de 2025. O resultado apontou uma valorização média de 2,52% em relação aos valores contábeis de dezembro de 2024, refletindo a evolução operacional dos imóveis e o cenário do setor logístico.
Entre os destaques da reavaliação estão:
- Betim BTS – Meli, com valorização de 10,7%;
- Goiânia, com alta de 5,1%, impulsionada por melhora nas locações após revisões contratuais.
Base de cotistas e governança
Ao final do período, o HGLG11 atingiu uma base de 516,3 mil cotistas, reforçando sua posição entre os fundos imobiliários mais amplamente distribuídos do mercado.
O mês também foi marcado pela convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que irá deliberar sobre a proposta de consolidação de outros fundos e ativos logísticos, movimento que, segundo o relatório, busca ampliar a plataforma logística do fundo no Brasil.



