O RECT11 divulgou um novo fato relevante informando a assinatura de compromisso de compra e venda de um imóvel localizado na cidade de São Paulo. A operação envolve a alienação de um prédio não residencial situado na Avenida Europa, no bairro Jardim América, uma das regiões mais tradicionais da capital paulista.
Segundo o comunicado, o imóvel vendido é composto por três pavimentos, ático e subsolo destinado exclusivamente a garagem, com 34 vagas disponíveis. A área total licenciada do ativo é de 1.962,60 metros quadrados, e o comprador é uma pessoa física que já atuava como locatário do imóvel antes da formalização da venda.
Valor da operação e estrutura de pagamento
O valor total da transação foi fixado em R$ 31 milhões. O pagamento será realizado de forma parcelada, ao longo de 180 meses, por meio de parcelas mensais e consecutivas. A estrutura de pagamento foi dividida em três etapas distintas, conforme detalhado no fato relevante divulgado ao mercado.
Inicialmente, o comprador efetuará sete parcelas mensais no valor de R$ 125.783,54, com vencimento todo dia 10 de cada mês, a partir de janeiro de 2026. Em seguida, está prevista uma parcela intermediária no valor de R$ 3.011.952,30, que deverá ser quitada até o dia 10 de agosto de 2026.
O saldo remanescente da operação será pago em 172 parcelas mensais de R$ 157.602,11 cada. A primeira dessas parcelas está programada para setembro de 2026, com pagamentos subsequentes ocorrendo sempre no mesmo dia dos meses seguintes, até a quitação integral do valor acordado.
Correção das parcelas atrelada ao CDI
Um ponto relevante da operação é o critério de correção do preço e das parcelas. De acordo com o comunicado, todos os valores serão corrigidos pela variação acumulada do CDI, calculada de forma pro rata die, a partir da data de pagamento da primeira parcela, em janeiro de 2026.
A variação do CDI estará sujeita a limites previamente definidos. O piso de correção foi estabelecido em 0,5% ao mês, o que significa que, caso o CDI fique abaixo desse percentual, será aplicado o valor mínimo. Já o teto de correção foi fixado em 1,5% ao mês, sendo este o limite máximo aplicável mesmo que o CDI supere esse patamar.
Esse mecanismo busca conferir previsibilidade à operação, ao mesmo tempo em que mantém a atualização monetária dos valores ao longo do período de parcelamento.
Comparação com custo e valor contábil do ativo
O fato relevante também trouxe informações importantes sobre o histórico financeiro do imóvel vendido. O custo caixa do ativo no portfólio do fundo é de R$ 27.956.550,24, enquanto o valor contábil registrado é de R$ 30.870.000,00.
Esse valor contábil tem como base a avaliação realizada em dezembro de 2024. A divulgação desses números permite ao mercado acompanhar a relação entre o preço de venda, o custo de aquisição e o valor patrimonial do ativo dentro do portfólio do RECT11.
Impacto da venda na vacância do fundo
Com a conclusão da venda do imóvel, a taxa de vacância do portfólio do RECT11 passará a ser de 8,25%. Esse dado foi destacado no comunicado como parte das atualizações operacionais do fundo após a alienação do ativo localizado na Avenida Europa.
A administradora informou ainda que a equipe da REC Gestão de Recursos segue trabalhando tanto na locação das áreas atualmente vagas quanto na avaliação de novas oportunidades de venda de imóveis pertencentes ao portfólio do fundo.
Estratégia de reciclagem de portfólio
Embora o fato relevante não traga projeções ou estimativas futuras, a operação se insere no contexto de gestão ativa do portfólio do RECT11. A venda de ativos maduros ou estratégicos faz parte do processo de reciclagem imobiliária adotado por diversos fundos, especialmente em cenários que demandam maior eficiência na alocação de capital.
A administradora do fundo é a BRL Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., devidamente credenciada pela Comissão de Valores Mobiliários. O fato relevante foi divulgado ao mercado em 26 de dezembro de 2025, em conformidade com a regulamentação vigente.


