Dois fundos imobiliários geridos pela BTG Pactual movimentaram cifras relevantes nos últimos dias e reforçaram estratégias distintas: enquanto o BTLG11 finalizou uma importante aquisição logística, o MAXR11 deu mais um passo rumo à concretização de uma venda estratégica de ativo.
Aquisição bilionária fortalece tese logística do BTLG11
No dia 27 de junho, o BTLG11, fundo de logística gerido pela BTG Pactual Gestora de Recursos, informou o pagamento da última parcela referente à aquisição dos imóveis Cajamar I, Cajamar II e Campinas II, localizados no estado de São Paulo. O valor pago foi de R$ 336,97 milhões, totalizando R$ 785,03 milhões em toda a transação — já considerando os ajustes pelo IPCA.
A operação representa uma taxa de capitalização (cap rate) de 9,5%, alinhada à estratégia da gestora de adquirir ativos de alta qualidade e localização com preços terminais atrativos. Além disso, negociações revisionais e renovações estão em curso, com foco no alongamento contratual e aumento da rentabilidade.
Segundo o comunicado, essas ações fortalecem a tese de valorização dos imóveis do portfólio, além de refletirem o ativismo da gestão sobre os ativos do fundo, que conta com contratos relevantes sendo ajustados para elevar tanto o valor de locação quanto as garantias envolvidas.
MAXR11 recebe sinal em operação de venda
No mesmo dia, o MAXR11, fundo imobiliário com foco em varejo também administrado pelo BTG Pactual, comunicou o recebimento de R$ 1,2 milhão como sinal de operação de venda já anunciada anteriormente.
Esse valor decorre do cumprimento de condições precedentes estabelecidas no compromisso de compra e venda, firmado com os compradores do ativo. Caso haja inadimplência futura, a Classe manterá apenas o valor do sinal, devolvendo as demais parcelas eventualmente pagas.
A expectativa é de que as parcelas restantes do pagamento sejam realizadas até junho de 2027. O valor recebido já pode ser distribuído proporcionalmente aos cotistas, respeitando os critérios contábeis e regulamentações aplicáveis aos FIIs.
A operação faz parte da atuação estratégica da administradora, que segue buscando geração contínua de valor e rentabilidade para o fundo.
Panorama dos movimentos
Ambos os fatos relevantes demonstram abordagens complementares dentro da estratégia do BTG: crescimento via aquisição qualificada em logística no BTLG11 e desinvestimento planejado em varejo no MAXR11.
No cenário atual de mercado, marcado por maior seletividade e foco na eficiência operacional, esses movimentos podem ser vistos como reflexo de uma gestão ativa e posicionada para capturar valor tanto no curto quanto no longo prazo.