O fundo imobiliário BTLG11 anunciou nesta segunda-feira (04) o encerramento oficial da venda do seu imóvel logístico em Camaçari (BA), com um desfecho bastante positivo para os cotistas. A operação rendeu lucro superior a R$ 8 milhões, além de uma taxa interna de retorno (TIR) de 24,60%, segundo comunicado da gestora BTG Pactual.
Esse desfecho vem como complemento aos fatos relevantes divulgados anteriormente, em novembro de 2024 e julho de 2025, sobre a alienação do ativo. Agora, com a última parcela quitada e corrigida pelo IPCA, o fundo concluiu a transferência oficial do imóvel para a compradora, dando fim a uma negociação iniciada há meses e com resultados bastante animadores.
Última parcela recebida e escritura assinada
O BTLG11 recebeu, como última etapa da transação, o montante de R$ 1.557.928,09, valor ajustado pela inflação, referente à última parcela da venda do imóvel logístico localizado em Camaçari, na Bahia. O ativo vendido possui área total de 4.415 m², e sua comercialização foi parte da estratégia ativa de reciclagem de portfólio adotada pelo fundo nos últimos anos.
Com essa parcela final quitada, a gestora celebrou a escritura de transferência definitiva do bem para a compradora — encerrando oficialmente a operação, iniciada em 2024.
Detalhes do retorno para os cotistas
O destaque da operação está nos números: o lucro total com a venda do BTLG Camaçari foi de R$ 8.149.943,63, o que representa aproximadamente R$ 0,1947 por cota. Além disso, a transação gerou uma taxa interna de retorno de 24,60%, considerando inclusive o desconto aplicado no valor de mercado da cota da compradora no momento da transação.
Esse desempenho chama atenção por estar bem acima da média de retorno esperado em operações de venda de imóveis logísticos, o que reforça o bom trabalho da gestão do fundo e a assertividade na escolha do momento da venda.
E o que ainda está por vir?
O comunicado da gestora não se limita ao encerramento da operação em Camaçari. A nota também relembra que o fundo ainda tem um valor relevante a receber relacionado à venda de outro imóvel, localizado em Campinas (SP). A expectativa é que o BTLG11 receba R$ 14.999.995,75, também corrigidos pelo IPCA, até o último trimestre de 2025.
Ou seja, os cotistas ainda podem contar com um novo reforço de caixa nos próximos meses, o que pode impactar positivamente os resultados e, eventualmente, refletir nos dividendos futuros, a depender da estratégia adotada com esse montante.
A estratégia ativa do BTLG11
O fundo imobiliário BTLG11 tem adotado uma estratégia ativa na gestão de seu portfólio, que envolve a compra, venda e reciclagem de ativos com foco em maximização de retornos. A venda do imóvel em Camaçari é mais um exemplo disso — o fundo encontrou uma oportunidade de saída com lucro expressivo, acima da inflação e com retorno real elevado.
Com isso, o fundo também mostra aos cotistas e ao mercado que não está preso a uma carteira estagnada, e sim em constante avaliação de oportunidades — tanto de entrada quanto de saída de ativos — visando agregar valor ao patrimônio e aos rendimentos distribuídos.
Expectativas futuras
Com a conclusão dessa transação e o valor a receber de outro ativo importante, o BTLG11 reforça sua posição como um dos principais fundos do setor logístico da B3. O desempenho recente, aliado à transparência da gestão e à consistência nos resultados, faz com que o fundo siga no radar de investidores que buscam renda passiva com potencial de valorização.
Ainda é cedo para afirmar como o valor recebido será utilizado — seja para novas aquisições, amortização ou reforço nos dividendos — mas o histórico recente permite expectativas positivas, especialmente em um cenário de maior apetite por FIIs logísticos no mercado.