O fundo imobiliário TG Ativo Real (TGAR11) divulgou um novo fato relevante ao mercado, comunicando a celebração de um Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda de Quotas. A operação envolve a alienação da participação do fundo na Viel Participações Ltda., empresa que controla duas importantes desenvolvedoras de projetos urbanos no Brasil: a Cipasa Urbanismo e a Nova Colorado.
Segundo o documento, a transação está sujeita ao cumprimento de condições usuais para esse tipo de negociação, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a conclusão de uma diligência pelo comprador.
Detalhes da operação anunciada pelo TGAR11
A Viel Participações possui um portfólio robusto, composto por 66 loteamentos residenciais, localizados em 47 cidades e 14 estados brasileiros. A diversidade geográfica é um dos pontos mais relevantes do negócio, já que abrange regiões com diferentes perfis de demanda habitacional.
O fundo informou que a operação deverá proporcionar uma Taxa Interna de Retorno (TIR) anualizada estimada em 25,23%, patamar considerado elevado no mercado de fundos imobiliários.
Outro ponto de destaque é que a venda da participação não altera a expectativa de distribuição de rendimentos do TGAR11, que deve continuar em linha com os resultados já apresentados em seus relatórios gerenciais.
Cipasa Urbanismo e Nova Colorado: players de peso no setor
As empresas controladas pela Viel possuem histórico relevante no desenvolvimento de projetos urbanos.
A Cipasa Urbanismo, por exemplo, atua há anos no segmento e se consolidou como uma das maiores urbanizadoras do país. Já a Nova Colorado é responsável por diversos empreendimentos espalhados por diferentes estados, com projetos que abrangem desde loteamentos residenciais até áreas de uso misto.
Esse portfólio diversificado contribui para que a operação tenha relevância estratégica, tanto para o fundo, que monetiza um ativo importante, quanto para o mercado, que observa a continuidade da atuação dessas companhias.
Portfólio de empreendimentos envolvidos na transação
De acordo com os anexos do fato relevante, a Viel possui projetos em estados como São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso e vários outros.
Entre os loteamentos citados estão o Verana Várzea Grande (MT), o Paradis Canoas (RS), o Terras de Santa Marta (SP) e o Luar do Cerrado (BA), além de dezenas de outros. Essa capilaridade demonstra o alcance da operação e o potencial de geração de valor associado a esses ativos.
Impactos financeiros e estratégicos
A decisão de vender a participação na Viel Participações se insere em um movimento estratégico do TGAR11. A realização da operação permitirá ao fundo capturar um ganho expressivo, considerando a TIR estimada, ao mesmo tempo em que preserva a regularidade da distribuição de rendimentos aos cotistas.
O fato de a venda não impactar negativamente os dividendos mensais é um diferencial importante, especialmente para investidores que acompanham de perto a previsibilidade de fluxo de caixa dos FIIs.
Além disso, a taxa interna de retorno projetada de 25,23% ao ano reforça a eficiência da gestão em identificar e executar oportunidades de desinvestimento com elevado potencial de retorno.
Condições precedentes e próximos passos
Apesar da relevância da notícia, é importante destacar que a conclusão da operação ainda depende do cumprimento de etapas formais. Entre elas, a aprovação do CADE e a conclusão da diligência pelo comprador.
Somente após essas etapas a transação poderá ser efetivamente concluída, permitindo ao fundo realizar os ganhos projetados. Até lá, os cotistas e o mercado seguirão acompanhando os desdobramentos por meio de comunicados oficiais e do próximo relatório gerencial do fundo.
Considerações finais
O anúncio do TGAR11 mostra a capacidade do fundo de realizar movimentos estratégicos que combinam monetização de ativos, geração de valor e manutenção da previsibilidade de rendimentos. A venda da participação na Viel Participações pode ser um marco importante, tanto pelo retorno projetado quanto pela abrangência do portfólio envolvido.
Ainda que a operação dependa de aprovações regulatórias, a sinalização é positiva e reforça a atuação ativa da gestora na busca de valor para os cotistas.