O fundo imobiliário IBCR11 (Integral Brei Recebíveis Imobiliários) divulgou seu relatório gerencial referente a agosto destacando um cenário macroeconômico marcado pela primeira queda do IPCA em 2025, além de atualizações sobre a carteira e esclarecimentos a respeito de um dos seus CRIs, o Bfabbriani.
O relatório reforça o compromisso da gestora com a transparência e tranquiliza cotistas quanto à saúde financeira e estabilidade da carteira, mesmo diante da recente deflação e de notícias sobre uma das empresas envolvidas em seus projetos.
Primeira queda do IPCA em 2025 e efeitos sobre o IBCR11
Em agosto, o IPCA registrou variação negativa de 0,11%, configurando a primeira deflação do ano. A última vez que isso havia ocorrido foi exatamente no mesmo mês do ano anterior. Mesmo com a queda pontual, o índice ainda acumula alta de 5,13% nos últimos 12 meses, o que equivale a uma média mensal de 0,42%.
O grupo “Habitação” apresentou sua menor variação desde o Plano Real, recuando 0,90%. O principal fator que contribuiu para isso foi o chamado Bônus de Itaipu, que reduziu em 4,21% o valor médio das contas de energia elétrica residencial.
Como o IBCR11 possui carteira majoritariamente indexada à inflação, essa desaceleração do IPCA impactou os rendimentos momentaneamente. O fundo destacou que julho, agosto, setembro e outubro refletem essa condição macroeconômica, mas manteve projeções positivas para os próximos meses.
A expectativa da gestão é que a recuperação do IPCA a partir de setembro devolva o ritmo habitual de rentabilidade já a partir de novembro, beneficiando diretamente o desempenho da carteira.
Estabilidade e transparência da carteira do IBCR11
A gestora reforçou no documento que a carteira do IBCR11 segue sólida e saudável, e que o comportamento momentâneo dos rendimentos decorre exclusivamente do cenário inflacionário.
O relatório também explicou que, embora as informações se refiram a agosto, o documento depende de dados contábeis e financeiros disponibilizados no mês seguinte. A equipe está buscando formas de otimizar o processo de publicação, reduzindo o prazo atual, que varia entre 30 e 40 dias após o fechamento do mês.
Atualização sobre o CRI Bfabbriani
O relatório trouxe ainda uma atualização importante sobre o CRI Bfabbriani, em razão de notícias divulgadas pela imprensa em setembro envolvendo a empresa BFABBRANI Incorporadora Ltda.
Segundo o gestor, as supostas irregularidades relatadas pela mídia dizem respeito a outros empreendimentos da incorporadora e não têm relação com os projetos Villa e Armona, que fazem parte da carteira do IBCR11. Dessa forma, não há impacto direto para o fundo.
O documento detalha que:
- O empreendimento Armona já está 100% concluído;
- O empreendimento Villa encontra-se em fase final de obras;
- A carteira de recebíveis desses projetos foi cedida integralmente para o CRI Villa, garantindo que os pagamentos dos compradores sejam feitos diretamente à Axis Serviços Financeiros Ltda., responsável pelo acompanhamento das parcelas e pela destinação exclusiva dos recursos ao financiamento das obras.
O processo também conta com a supervisão da OPEA Securitizadora S.A., do agente fiduciário Vórtx DTVM Ltda. e da C&D Consultoria e Desenvolvimento de Projetos Imobiliários Associados Ltda., que monitora o andamento das construções.
Compromisso da gestão com os investidores
A Integral Brei reforçou que continuará tomando todas as medidas cabíveis para assegurar a finalização integral das obras do Villa, mantendo o compromisso com a segurança dos investidores e a credibilidade do fundo.
Tanto o administrador quanto o gestor colocaram-se à disposição para esclarecer dúvidas adicionais e reafirmaram a solidez da estrutura operacional do IBCR11.
Perspectivas para os próximos meses
Com a expectativa de recuperação do IPCA e a manutenção da estabilidade da carteira, o IBCR11 deve retomar gradualmente o ritmo de distribuição habitual a partir de novembro. A transparência nas comunicações e o cuidado na gestão reforçam a confiança dos mais de cotistas que acompanham de perto o desempenho do fundo.
A fusão entre cenário macroeconômico desafiador e carteira robusta mostra que o IBCR11 segue fiel à sua proposta: entregar previsibilidade e segurança dentro do segmento de fundos de papel, mesmo em períodos de oscilação da inflação.