O FIAGRO AAZQ11 atravessou outubro mantendo seu posicionamento consistente no setor do agronegócio. Durante o mês, o fundo realizou distribuição de R$ 0,12 por cota, valor que corresponde a um dividend yield mensal de 1,54%. Em termos anualizados, o número alcançou 18,23%, desempenho que representa 122% do CDI no período. O resultado reflete a estratégia contínua do fundo de operar com uma carteira concentrada em recebíveis do agronegócio, priorizando crédito estruturado e exposição pulverizada em diversas regiões e cadeias produtivas.
A gestão reforçou que aproximadamente 99% do patrimônio líquido permaneceu alocado em ativos vinculados ao agro, mantendo a proposta original do produto e preservando a consistência do fluxo de rendimentos. O comportamento dos ativos, segundo a própria gestora, seguiu dentro do esperado ao longo do mês, sem sobressaltos operacionais relevantes na carteira.
Composição da carteira e posicionamento
O AAZQ11 manteve sua composição distribuída principalmente entre CRAs e instrumentos de crédito estruturado ligados ao agronegócio. Os CRAs representaram 72,9% da carteira, enquanto os FIDCs e FIAGROs de direitos creditórios somaram 23%. A taxa ponderada de carrego dos ativos fechou o mês em 3,30%, enquanto o carrego líquido ajustado por impostos e taxas permaneceu em CDI + 2,04% ao ano.
Essa estrutura reflete o perfil do fundo de apostar em crédito corporativo e operações estruturadas, muitas delas originadas por empresas de porte relevante dentro do setor agropecuário. Segundo a própria gestora, a carteira se manteve estável e devidamente diversificada entre setores do agro e diferentes regiões do Brasil, característica que contribui para diluir riscos específicos e preservar a previsibilidade de distribuição.
Nova exposição em CRA da Copagril
O principal movimento de outubro foi o aumento da exposição à Copagril, cooperativa tradicional que atua nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, com presença forte nos segmentos de agricultura e pecuária. A gestão destacou a participação em um novo CRA da cooperativa, com alocação de aproximadamente R$ 2,5 milhões no Sole, remunerado a CDI + 3,30%.
Com essa movimentação, a exposição total da carteira ao nome Copagril alcançou cerca de 2,22% do patrimônio do AAZQ11. A operação reforça o perfil do fundo de privilegiar emissores ligados diretamente ao agronegócio e com histórico consolidado de atuação no setor, mantendo coerência com a estratégia declarada de crédito estruturado.
Situação do FIDC Caetê
Outro ponto relevante do comunicado da gestora diz respeito à atualização sobre o FIDC Caetê, ativo que segue sob acompanhamento próximo. Por se tratar de investidora relevante no fundo, a gestora permanece em contato com a Ceres, responsável pela gestão do FIDC, e com a Ecoagro, emissora do CRA Stoppe.
As medidas de recuperação do crédito continuam em andamento em duas frentes: a civil, por meio da execução contra os avalistas da operação, e a criminal, a partir do acompanhamento dos processos judiciais relacionados à Operação Greenwashing, ainda na fase de aguardo de denúncia formal. A gestora reiterou que, sempre que houver qualquer avanço relevante, os cotistas serão comunicados prontamente.
Perspectivas e estabilidade da carteira
A administração reforçou que os ativos atuais do AAZQ11 continuam performando conforme o projetado, sem desvios significativos de risco ou inadimplência. A diversificação entre setores, regiões e tipos de operação segue como pilar da estratégia do fundo, que busca manter previsibilidade de renda e distribuição contínua dentro das condições normais de mercado.
A equipe responsável pelo AAZQ11 também destacou que continua monitorando o desempenho dos emissores e das operações estruturadas, avaliando oportunidades de reciclagem de carteira e novas originações que tragam equilíbrio entre rentabilidade e exposição adequada ao risco.
Ao final do comunicado, a gestora reforçou que seus canais oficiais seguem disponíveis para consultas adicionais sobre o AAZQ11 e outros produtos da casa.


