As assembleias gerais extraordinárias (AGEs) dos fundos imobiliários IRDM11 e IRIM11 aprovaram, recentemente, o processo de fusão entre os dois fundos. A decisão favorável, apresentada pela Iridium, gestora dos FIIs, abre caminho para a reorganização que deve ampliar a liquidez e a diversificação da carteira combinada.
A fusão foi validada nas duas AGEs, com consenso entre os cotistas, e agora o próximo passo é a convocação de uma emissão de cotas pelo IRIM11, baseada no valor patrimonial vigente no momento do anúncio, atualmente em R$ 85,78 por cota. A captação máxima aprovada para essa oferta é de até R$ 3,5 bilhões.
Integralização das cotas e cronograma
Assim que a emissão for aberta, o IRDM11 realizará a integralização das cotas pelo seu valor patrimonial atualizado, que na última divulgação era de R$ 2,918 bilhões, ou R$ 80,11 por cota.
A previsão é que o processo seja concluído até meados de dezembro, momento em que os mais de 260 mil cotistas do IRDM11 receberão cotas do IRIM11 e eventuais valores em caixa, de acordo com a proporção definida pela Iridium.
IRDM11: atenção ao custo médio
Investidores do IRDM11 precisam ficar atentos ao cálculo do custo médio das cotas para evitar tributação desnecessária. A Receita Federal interpreta a amortização das cotas como uma venda, e se o cotista não informar corretamente o custo médio, será considerado o menor preço histórico registrado. Isso pode resultar em imposto maior e, consequentemente, um valor menor a receber pelo cotista.
Objetivo da fusão: mais escala, liquidez e diversificação
Segundo a Iridium, a fusão busca consolidar as carteiras do IRIM11 e IRDM11, ampliando escala, liquidez e diversificação. A carteira combinada do IRDM11 passará a incluir imóveis físicos, CRIs, cotas de outros FIIs e ações ligadas ao setor imobiliário, aumentando a variedade de ativos e a robustez do portfólio.
Por que a fusão será feita pelo IRIM11
A escolha de consolidar as carteiras no IRIM11, que possui menos cotistas, se deve ao seu regulamento mais moderno, já estruturado como FII multiestratégia ou hedge fund, com mandato para investir em qualquer tipo de ativo imobiliário.
O IRDM11, por outro lado, é um fundo de papel, com atuação limitada a ativos de crédito, como CRIs e LCIs, além de um percentual restrito de cotas de outros FIIs. Com a fusão, o fundo resultante terá mais flexibilidade para diversificar seus investimentos.
O que muda para os cotistas
Para os investidores, a fusão representa oportunidades e responsabilidades:
- Recebimento de cotas do IRIM11 e eventuais valores em caixa
- Manutenção da gestão profissional pela Iridium
- Necessidade de informar o custo médio das cotas do IRDM11 para evitar tributação elevada
- Maior diversidade e liquidez na carteira combinada
A reorganização também deve aumentar a atratividade do fundo para novos investidores, consolidando sua posição no mercado de fundos imobiliários.