O fundo de papel CVBI11, gerido pela Pátria Investimentos, divulgou seu relatório gerencial referente a maio de 2025, trazendo sinais de consistência em sua gestão e reforçando seu papel como um dos FIIs mais previsíveis da carteira dos investidores. Mesmo em um mês de pouca movimentação na carteira, o fundo conseguiu manter resultados sólidos e segue acumulando reservas.
Rendimento segue firme e com reforço na reserva
O fundo distribuiu R$ 1,05 por cota no mês de junho (referente ao resultado de maio), valor que segue acima da média da indústria. A receita total apurada foi de R$ 1,16 por cota, com resultado final de R$ 1,15 por cota, o que permitiu o aumento da reserva acumulada para R$ 0,60 por cota — um colchão importante para períodos futuros, especialmente diante da menor atividade no mercado secundário.
Com essa estratégia de linearização, o fundo mantém previsibilidade para os cotistas, mesmo em cenários mais conservadores.
Carteira robusta e altamente indexada à inflação
A carteira do CVBI11 encerrou maio com 97,5% do patrimônio líquido alocado, sendo:
- 87,8% em CRIs e Operações Estruturadas, com retorno médio de IPCA + 10,8% ao ano;
- 92% da carteira indexada ao IPCA, e o restante atrelado ao CDI;
- Prazo médio de 4 anos e spread médio de 2,8% ao ano;
- Rentabilidade média ponderada de 17,1% ao ano, destacando a atratividade do portfólio frente ao atual patamar da Selic.
A carteira inclui 47 CRIs e duas operações estruturadas, sem exposição a operações compromissadas ao final de maio. Não houve novas alocações no período, mas o fundo reduziu exposição ao CRI CAIS, com venda realizada na curva, no mercado secundário.
Mercado de FIIs em leve alta e destaque para fundos de papel
O mercado de FIIs apresentou alta de 1,4% no IFIX em maio, e os fundos de papel se destacaram com valorização média de 2,5%, enquanto os fundos de tijolo avançaram apenas 0,5%. Esse movimento positivo foi impulsionado pelo fechamento da curva de juros, diante da sinalização de fim do ciclo de alta da Selic. Em um cenário ainda de juros elevados, fundos de papel com bom perfil de crédito e taxas atraentes seguem como protagonistas.
A gestão destaca que o atual momento segue propício para fundos que entregam carrego elevado, como o CVBI11, especialmente frente à resiliência da economia e pressão inflacionária.
Consolidação de carteiras no radar da gestora
Em paralelo, foi convocada para o dia 12 de junho uma AGE com o objetivo de discutir a possível dissolução e liquidação dos fundos BARI11 e PLCR11, também sob gestão da Pátria. A proposta visa a consolidação das carteiras com o CVBI11, já que os portfólios são semelhantes e a fusão pode resultar em maior eficiência operacional e liquidez.
Essa possível unificação reforça a estratégia da gestora de buscar sinergias dentro de seus produtos, consolidando um portfólio robusto e diversificado sob uma mesma estrutura.