O fundo de lajes corporativas VPPR11 acaba de concluir a venda de uma unidade no condomínio Iguatemi Alphaville, localizado na Alameda Xingu, em Barueri (SP). A transação, anunciada em fato relevante, gerou um lucro significativo para os cotistas e contribuiu para a redução da vacância do portfólio.
Venda do conjunto 1602 no Iguatemi Alphaville
No dia 14 de maio de 2025, o VPPR11 finalizou a assinatura da escritura de venda do conjunto nº 1602, localizado no 16º andar do empreendimento Condomínio Iguatemi Alphaville, um dos dois imóveis que compõem o portfólio do fundo. O espaço, que possui 379,80 m² de área privativa, estava vago.
A venda foi realizada pelo valor total de R$ 3.400.000,00, montante consideravelmente superior ao preço de aquisição, que foi de R$ 2.360.693,55. A operação gerou um lucro de R$ 1.039.306,45, equivalente a aproximadamente R$ 0,14 por cota do fundo.
Condições de pagamento da transação
O pagamento da venda será feito em duas etapas:
- R$ 1.300.000,00 pagos à vista na data da assinatura;
- R$ 2.100.000,00 divididos em 40 parcelas mensais de R$ 52.500,00.
Apesar do parcelamento, a administradora informou que os recursos já recebidos serão utilizados imediatamente para redução do endividamento do fundo, uma estratégia que pode ajudar a melhorar o desempenho financeiro e a distribuição de rendimentos no longo prazo.
Impacto direto na vacância e ocupação
Além do ganho financeiro direto, a operação traz reflexos positivos nos indicadores operacionais do fundo. A taxa de ocupação do imóvel Iguatemi Alphaville subiu de 90,4% para 92,2%, enquanto a vacância geral do VPPR11 caiu de 39,4% para 38,9%.
Mesmo sendo uma redução relativamente modesta na vacância total, ela representa uma melhora contínua no posicionamento do fundo, que enfrenta o desafio de manter ocupação em um mercado competitivo de lajes corporativas.
Estratégia do VPPR11 e perfil do fundo
O VPPR11, ou V2 Prime Properties FII, é um fundo focado em lajes corporativas de alto padrão, com apenas dois ativos localizados na Alameda Xingu, em Barueri (SP). A gestão e administração são conduzidas pela Vórtx DTVM e pela V2 Investimentos Ltda., que têm buscado melhorar o perfil financeiro do fundo em meio a um cenário de juros ainda elevados e desafios no setor de escritórios.
A estratégia atual do fundo inclui:
- Desinvestimentos pontuais de unidades vagas para gerar lucro;
- Utilização dos recursos para quitar dívidas, reduzindo o impacto financeiro do passivo;
- Valorização dos imóveis remanescentes, ao melhorar os índices de ocupação e reduzir custos com imóveis vagos.
O que esperar do fundo após a operação
O lucro gerado pela venda pode impactar positivamente os rendimentos futuros, embora o pagamento parcelado dilua esse efeito ao longo do tempo. Além disso, a redução do endividamento pode abrir espaço para maior geração de caixa nos próximos meses, beneficiando os cotistas.
É importante lembrar que, mesmo com uma vacância ainda significativa, o VPPR11 mostra sinais de recuperação. A gestão tem se mostrado ativa na busca por resultados operacionais melhores, e transações como essa fortalecem a tese de investimento no fundo para o longo prazo.
Considerações para os cotistas
Para os investidores que já acompanham o fundo, a notícia é positiva. Além do ganho direto de capital, a venda contribui para melhorar a saúde financeira do fundo e aponta para uma gestão comprometida com resultados.
A performance do setor de lajes corporativas ainda depende fortemente de fatores macroeconômicos, como a taxa de juros e o ritmo de retomada da economia. No entanto, o movimento do VPPR11 está em linha com uma estratégia prudente: desfazer-se de unidades vagas por valores acima da aquisição, quitar dívidas e reduzir vacância.