O GARE11 divulgou um novo fato relevante informando a conclusão da aquisição do Parque Logístico – Confins, ativo localizado no estado de Minas Gerais. A operação marca um novo passo na estratégia de expansão geográfica do fundo e reforça sua atuação no segmento logístico, que tem ganhado relevância dentro do portfólio ao longo dos últimos anos.
A aquisição foi realizada pelo valor total de R$ 86,8 milhões, pagos à vista. A maior parte do pagamento ocorreu por meio da integralização em cotas do próprio fundo, estrutura comum em operações desse tipo no mercado imobiliário. Segundo o comunicado, a operação está estruturada para gerar um yield médio superior a 10% ao ano nos primeiros 60 meses.
Ativo está integralmente locado para empresas conhecidas
O Parque Logístico – Confins possui área de terreno de 67.288 metros quadrados e área bruta locável total de 24.625 metros quadrados. De acordo com o fato relevante, o ativo encontra-se 100% locado, com contratos firmados com três empresas de grande porte: Mercado Livre, Três Corações e Vale do Rio Doce.
A distribuição da área locada entre os inquilinos é considerada equilibrada, o que contribui para a diluição de riscos relacionados à concentração de receita. Os contratos de locação possuem prazos que variam entre cinco e dez anos, contam com correção anual pelo IPCA e incluem cláusulas de multa em caso de rescisão antecipada, conforme previsto em cada instrumento contratual.
Entrada do GARE11 em Minas Gerais marca nova fase
A gestora destacou que a aquisição representa a estreia do GARE11 no estado de Minas Gerais, mais especificamente na região ampliada de Belo Horizonte. O movimento insere o fundo em uma das principais economias do país, já que Minas Gerais responde por cerca de 9% do Produto Interno Bruto brasileiro e ocupa a terceira posição em participação no PIB nacional.
A região onde o ativo está localizado possui características logísticas relevantes, incluindo proximidade com o Aeroporto Internacional de Confins e fácil acesso a importantes vias de transporte. O parque logístico está situado a aproximadamente 6,5 quilômetros de Belo Horizonte, em uma área que, segundo a gestora, apresenta oferta restrita de ativos logísticos.
Mercado logístico local apresenta redução de vacância
Outro ponto destacado no fato relevante é o comportamento recente do mercado logístico da região. Nos últimos 12 meses, a taxa de vacância local teria registrado uma redução de 34%, indicando aumento da demanda por galpões logísticos e maior ocupação dos ativos disponíveis.
Esse contexto contribui para explicar o interesse do fundo na aquisição, uma vez que regiões com menor vacância tendem a apresentar maior estabilidade operacional. Ainda assim, a administradora e a gestora ressaltam que informações adicionais sobre o desempenho do ativo e seus impactos no fundo serão detalhadas nos próximos relatórios gerenciais.
Fundo passa a incluir ativos especulativos no portfólio
Além da expansão geográfica, a operação também marca a entrada do GARE11 em ativos classificados como especulativos, com contratos típicos de locação. Segundo a gestora, essa movimentação só foi possível após a identificação de um ativo que atendesse critérios rigorosos de localização, qualidade técnica e perfil dos inquilinos.
A decisão está alinhada à estratégia do fundo de reequilibrar sua exposição entre os segmentos logístico e de renda urbana. A ampliação da diversificação, tanto geográfica quanto contratual, foi apontada como um dos principais objetivos da transação.
Próximos detalhes devem aparecer nos relatórios
Por fim, o comunicado informa que detalhes adicionais sobre a aquisição e seus reflexos nos resultados do fundo serão apresentados nos próximos relatórios gerenciais. Esses documentos devem trazer informações mais precisas sobre a contribuição do novo ativo para a receita do GARE11, além de dados operacionais e financeiros atualizados.
A administradora do fundo é o Banco Daycoval, enquanto a gestão é realizada pela Guardian Gestora. O fato relevante foi divulgado em 26 de dezembro de 2025, em conformidade com as normas da Comissão de Valores Mobiliários.



