O fundo imobiliário GGRC11 comunicou ao mercado, no dia 18 de julho, a aprovação de sua 10ª emissão de cotas, com possibilidade de captar até R$ 706,7 milhões, considerando o lote adicional. A nova emissão foi aprovada pela administradora Banvox e ocorrerá sob o regime de distribuição pública com esforços restritos, seguindo a Resolução CVM 160.
A operação busca reforçar o caixa do fundo para futuras aquisições de imóveis ou ativos de liquidez, em linha com sua política de investimentos. O movimento acontece em um momento no qual o fundo busca otimizar sua carteira e potencializar rendimentos aos cotistas no médio e longo prazo.
Como será a nova emissão de cotas do GGRC11?
A 10ª emissão contará com até 26.809.651 cotas inicialmente, ao preço de emissão de R$ 11,19 por cota, totalizando quase R$ 300 milhões. O custo de distribuição será de R$ 0,03 por cota, resultando em um preço total de R$ 11,22 para os investidores. A emissão poderá ser acrescida de até 135% de cotas adicionais, totalizando 63 milhões de cotas e elevando o volume máximo para mais de R$ 706 milhões.
As cotas serão ofertadas exclusivamente a investidores profissionais, conforme determinado pela legislação vigente. Segundo o fundo, não há montante mínimo exigido para subscrição, mas os cotistas terão direito de preferência, proporcional à sua posição em data a ser definida no anúncio de início da oferta.
Direito de preferência e cronograma
O direito de preferência poderá ser exercido pelos cotistas atuais com base em sua posição no terceiro dia útil após a publicação do anúncio de início da oferta. O fator de proporção foi definido em 0,17585211297, e os cotistas interessados deverão exercer esse direito dentro do período indicado, por meio de seus agentes de custódia ou junto ao escriturador.
Importante destacar que não será possível ceder o direito de preferência, e as frações serão descartadas (arredondamento para baixo), sem permissão para subscrição parcial dessas frações.
Destinação dos recursos captados
De acordo com o comunicado, os recursos líquidos provenientes da emissão serão utilizados para aquisição de ativos que respeitem a política de investimentos do fundo, ou, se necessário, para aplicações em ativos de liquidez.
O fundo ressalta que não há garantia de que todos os recursos serão alocados conforme o plano inicial, já que aquisições estão sujeitas a auditorias, análises jurídicas e eventual identificação de passivos.
Oportunidade ou cautela?
Apesar do valor atrativo por cota e do volume robusto que poderá ser captado, a emissão é voltada a investidores profissionais, o que limita a participação de pessoas físicas em geral. Além disso, é importante que cada investidor avalie a capacidade do fundo em empregar os recursos com eficiência, principalmente em um contexto macroeconômico ainda instável e com desafios no setor logístico e industrial — foco do GGRC11.
O fundo também deixou claro que, caso a captação mínima de R$ 5 milhões não seja alcançada, a oferta poderá ser cancelada e os valores devolvidos aos investidores. Já em caso de excesso de demanda, poderá haver o uso do lote adicional, o que aumentaria significativamente o montante final captado.
Negociação das novas cotas
As cotas subscritas durante o período da oferta não poderão ser negociadas imediatamente, sendo representadas inicialmente por recibos. A conversão em cotas plenas e a liberação para negociação ocorrerão após os trâmites de encerramento da oferta e autorização da B3.
Enquanto isso, os recursos recebidos poderão ser investidos em ativos temporários, como títulos públicos e fundos de renda fixa, conforme estabelecido no regulamento do fundo.
Considerações finais
A nova emissão do GGRC11 é uma movimentação relevante para o fundo e deve ser acompanhada com atenção pelo mercado. Com um preço de emissão abaixo do valor patrimonial recente e o objetivo de fortalecer sua carteira, a operação pode ser vista como uma estratégia de reposicionamento diante dos desafios do setor.
No entanto, como a oferta é voltada a investidores profissionais e ainda depende de fatores de mercado para ser totalmente colocada, é fundamental que cada participante avalie os riscos e o contexto atual antes de decidir pela subscrição.