Fundo de lajes corporativas tem negociações em andamento no Tower Bridge e Rochaverá
O JSRE11, fundo imobiliário focado em lajes corporativas, divulgou seu relatório gerencial de maio com sinalizações positivas no radar: a vacância consolidada do portfólio pode cair de 3,1% para 2,0% caso as locações atualmente em negociação sejam concretizadas. O movimento é visto como estratégico em um segmento ainda pressionado pela elevada taxa de espaços vagos.
No mês, o fundo registrou um dividendo de R$ 0,48 por cota, equivalente a um dividend yield de 0,74% sobre a cotação de R$ 65,00 — o que representa um retorno de 8,86% ao ano isento de IR.
Locações podem melhorar ocupação de ativos premium
Segundo o relatório, estão em estágio avançado as negociações para locação de:
- 732 m² no Tower Bridge, incluindo a praça de alimentação;
- 375 m² no edifício Rochaverá.
Se concretizadas, essas locações devem derrubar a vacância física:
- De 4,5% para 2,5% no Tower Bridge;
- De 5,4% para 4,8% no Rochaverá;
- E a vacância consolidada do portfólio cairia para 2,0% — um número extremamente competitivo para o setor de lajes.
Essa redução pode representar maior geração de receita imobiliária nos próximos meses, além de valorizar os ativos no portfólio do fundo.
Receita sólida e distribuição estável
Em maio, o JSRE11 apresentou:
- Receita total: R$ 13,5 milhões;
- Despesas: R$ 3,2 milhões, sendo
- R$ 1,3 milhão operacionais/administrativas
- R$ 1,8 milhão com CRIs.
O resultado final foi de R$ 0,51 por cota, e o fundo distribuiu R$ 0,48 por cota, totalizando R$ 9,96 milhões em proventos no mês. O fundo segue com política prudente, retendo parte dos lucros para manter consistência nos rendimentos.
Portfólio concentrado em São Paulo e ativos de alta qualidade
O patrimônio líquido do fundo gira em torno de R$ 2,2 bilhões, sendo a maior parte concentrada em imóveis próprios:
- Tower Bridge Corporate: R$ 1,01 bilhão (47,7% do PL)
- Paulista: R$ 460 milhões (21,7%)
- Rochaverá: R$ 412 milhões (19,5%)
- WTNU III: R$ 317 milhões (15%)
- Praia de Botafogo 440: R$ 8,4 milhões (0,4%)
Além disso, o fundo mantém alocações complementares em:
- Carteira de FIIs: R$ 22,9 milhões (1,1%)
- CRI: R$ 9,8 milhões (0,5%)
- Títulos públicos (LFT): R$ 10,3 milhões (0,5%)
- Caixa e contas a receber: R$ 13,8 milhões (0,7%)
Do lado do passivo, o fundo possui um CRI no Rochaverá no valor de R$ 135 milhões e outros R$ 11 milhões em obrigações, totalizando R$ 146 milhões de passivo (6,9% do PL).
O que esperar do JSRE11 nos próximos meses?
Com vacância baixa e novos contratos a caminho, o JSRE11 mostra resiliência num momento em que muitos FIIs de lajes ainda enfrentam dificuldade para preencher seus espaços. A gestão parece focada em conservar a estabilidade da distribuição, mesmo que isso implique retenções pontuais em meses de resultado mais robusto.
Se as locações forem concluídas ainda em junho ou julho, o mercado pode reagir positivamente — e o fundo pode ganhar destaque em um segmento cada vez mais seletivo.