O fundo imobiliário LIFE11, focado em imóveis comerciais e operações estruturadas, divulgou seu relatório gerencial referente ao mês de julho e trouxe detalhes importantes para os cotistas. Mesmo em um cenário de incertezas no mercado local, o fundo manteve estabilidade na distribuição de rendimentos e apresentou avanços relevantes em seu portfólio.
Distribuição e rentabilidade
Em julho, o LIFE11 distribuiu R$0,12 por cota, o que corresponde a um dividend yield mensal de 1,20%. No acumulado dos últimos 12 meses, o retorno chegou a 16,46%.
Para o segundo semestre, a gestão reiterou o guidance já apresentado no início do ano, projetando a manutenção da distribuição no mesmo patamar de R$0,12 por cota. Essa sinalização reforça a previsibilidade, um dos pontos mais valorizados pelos investidores de fundos imobiliários.
Apesar da queda de 1,36% no IFIX no mês, reflexo das discussões fiscais e da pressão sobre a curva de juros, o LIFE11 registrou retorno total de 1,13% no período, somando valorização de cota e dividendos. O desempenho positivo evidencia a resiliência de seu portfólio de recebíveis.
Cenário macro e impactos no setor
O mercado doméstico atravessou um mês de forte volatilidade, com atenção voltada às tarifas impostas pelos Estados Unidos e às incertezas fiscais no Brasil. Esse ambiente afetou diretamente os fundos imobiliários, em especial os de papel, que recuaram 0,80% em média.
Mesmo assim, a gestão do LIFE11 destacou que o portfólio estruturado e diversificado segue garantindo geração de rendimentos consistente, o que ajudou o fundo a superar as adversidades.
Avanços da carteira
Na frente comercial, julho foi marcado pela concretização de quatro novas vendas no empreendimento principal do fundo, com valor médio de R$ 1.400/m². Houve também o distrato de uma unidade vendida anteriormente a R$ 950/m², estratégia que permitirá revenda a preços atuais mais elevados.
As obras seguem em ritmo acelerado:
- Clube esportivo já na etapa de acabamentos;
- Clube social em fase de alvenaria;
- Obras de infraestrutura avançando na segunda etapa;
- Mais de 96% das unidades já comercializadas, consolidando o sucesso comercial.
Destaques das operações de CRI
O relatório trouxe ainda atualizações sobre diferentes operações:
- CRI Mirante: última laje concluída, obra em altura final e início das atividades de fachada.
- CRI Barra Loft (EMA): incorporador solicitou autofalência, mas adquirentes assumiram a gestão, garantindo continuidade da obra.
- CRI ABecker II: empreendimento já performado, em reta final de obras no Villa Dona Francisca.
- CRI Vectra: registrou 10 novas vendas em julho, reforçando a solidez comercial.
- CRI Monte Lazuli: com o Habite-se emitido, iniciou repasses e tem 66,67% das unidades vendidas.
- CRI Enseada: obra segue adiantada em dois meses, com revestimentos e áreas de lazer em andamento.
Outras operações
No FIDC Residence Club, destaque para o empreendimento Ilha do Sol, que registrou 113 vendas em julho, além de avanços em acabamentos e infraestrutura.
Já em Poehma, mesmo após a entrega, não houve distratos, sinalizando satisfação dos compradores e confiança na qualidade do projeto.
Na operação de Maragogi, houve quatro distratos e três vendas em julho, com valorização de até 3,6% nos preços praticados. A gestora avalia ajustes de tabela para refletir essa valorização.
Caixa robusto e perspectivas
Com os resultados recentes, o LIFE11 mantém um portfólio robusto, sem obras pendentes relevantes e com alta taxa de comercialização. Além disso, o fundo segue atento ao cenário macroeconômico, especialmente às questões fiscais, mas demonstra consistência na geração de valor.
A gestão reforça o compromisso em oferecer previsibilidade e estabilidade aos cotistas, sustentada por um portfólio sólido de recebíveis e empreendimentos em avançado estágio de execução.