Na mais recente atualização de sua carteira pública, o Primo Rico revelou os ativos que compõem o seu método ARCA de investimentos. Composto por quatro pilares – Ações, Real Estate, Caixa e Ativos Internacionais – o modelo visa diversificação e exposição balanceada em diferentes classes de ativos. E entre os escolhidos, três fundos imobiliários chamaram a atenção do mercado.
Neste artigo, vamos explorar quais são esses fundos imobiliários da carteira do Primo Rico, o peso deles no portfólio e por que despertam tanto interesse.
Como funciona a carteira ARCA
A divisão da carteira “ARCA” segue a seguinte proporção:
- A (Ações): empresas como Banco do Brasil, Arezzo, CEMIG, SLC Agrícola (SOJA3) e Sanepar, que representam 35% da carteira;
- R (Real Estate): representa 18% da carteira e é onde entram os fundos imobiliários;
- C (Caixa): Tesouro IPCA+ 2065 (Renda+), usado como reserva de liquidez e proteção, com 23%;
- A (Ativos Internacionais): exposição através de bitcoin e ETF da Vanguard, somando 24%.
Com isso, o foco de hoje está justamente nos FIIs da carteira do Primo Rico, que juntos somam milhões em aportes e refletem uma seleção estratégica.
XPML11: o gigante dos shoppings
Entre os fundos imobiliários da carteira do Primo Rico, o XPML11 se destaca pela qualidade e valor do portfólio. Gerido pela XP Asset sob a liderança de um gestor experiente no setor, o fundo é reconhecido por deter participações em empreendimentos shoppings considerados premium e maduros.
A estratégia do XPML11 é manter posições relevantes, mas minoritárias, o que permite ao fundo atuar como investidor e não como operador. Esse modelo garante maior eficiência e reduz riscos operacionais.
Apesar de ter feito aquisições recentes com pagamentos parcelados, o fundo possui baixo nível de alavancagem, e não há indícios de que isso mudará no curto prazo. Caso precise de capital, o gestor pode optar por reciclagem de portfólio, securitizações ou novas emissões.
BTHF11: fusão de gigantes do BTG
Outro fundo imobiliário da carteira do Primo Rico é o BTHF11, gerido pelo BTG Pactual. Esse fundo é resultado da fusão entre o BCFF11, já conhecido do mercado, e o antigo BTHF11, que até então não era negociado em bolsa.
A proposta do BTHF11 é diversificada, com foco em estratégias de fundo de fundos (FoF). Ainda que seja relativamente novo no formato atual, seu desempenho tem sido acompanhado de perto por investidores atentos à evolução da gestão.
A consolidação com o BCFF11 trouxe maior visibilidade, e mesmo não sendo um dos fundos mais tradicionais ainda, segue em observação quanto à sua performance.
LVBI11: logística de alto padrão
Fechando a seleção de fundos imobiliários da carteira do Primo Rico, temos o LVBI11, que foca no setor logístico. Gerido pela VBI, que recentemente foi adquirida pelo grupo Patria, o fundo possui um portfólio composto por imóveis logísticos com alto padrão construtivo e localizações estratégicas.
O time de gestão possui profundo conhecimento no segmento, e há expectativa no mercado de que, em algum momento, o LVBI11 seja incorporado ao HGLG11, outro fundo da casa com foco semelhante.
Essa possibilidade de fusão tem sido ventilada por analistas e investidores atentos aos movimentos do setor.
Considerações finais
A seleção de fundos imobiliários da carteira do Primo Rico revela uma abordagem cuidadosa e diversificada no segmento de Real Estate. Com diferentes perfis e setores – shoppings, logística e FoF – a carteira proporciona exposição ampla, mesmo mantendo um percentual relativamente pequeno do total.
A cada segunda-feira, novas atualizações dos aportes são feitas pelo Primo Rico em seus canais. Ficar de olho nas mudanças pode ajudar a entender as tendências e estratégias que estão sendo priorizadas por investidores de grande porte.