O RBVA11 divulgou um novo fato relevante que chamou a atenção dos cotistas: o fundo concluiu a venda de dois importantes imóveis — um localizado na Barra Funda, em São Paulo, e outro na Rua Nilo Peçanha, no Rio de Janeiro. Ambos eram ocupados pela Caixa Econômica Federal e juntos somaram R$ 13,5 milhões em valor de transação. A operação não apenas trouxe um lucro expressivo como também reforça a estratégia de gestão ativa do portfólio do fundo.
Venda com lucro e forte retorno
De acordo com o comunicado, o RBVA11 obteve lucro total de R$ 5,32 milhões, equivalente a R$ 0,034 por cota. O ganho foi alcançado graças à venda 76% acima do custo dos imóveis, dentro do valor de laudo de avaliação. Além disso, a Taxa Interna de Retorno (TIR) das operações foi robusta: 15,2% ao ano para o imóvel de São Paulo e 21,2% ao ano para o imóvel no Rio de Janeiro. Esses números demonstram a eficiência da gestão do fundo em identificar o momento certo de girar o portfólio e gerar valor para os investidores.
Estrutura da operação
O pagamento pela venda foi estruturado de forma escalonada. Cerca de 47% do valor total — R$ 6,4 milhões — foi recebido à vista. Outros 26%, correspondentes a R$ 3,5 milhões, serão pagos em até 30 dias. O saldo restante, de 27%, será quitado por meio de 12 parcelas mensais de R$ 300 mil, todas corrigidas pelo IPCA.
A operação foi firmada por meio de contrato e escritura pública de compra e venda, garantindo segurança jurídica e previsibilidade nos recebimentos. O valor médio por metro quadrado ficou em R$ 5.035,43, demonstrando aderência ao preço de mercado e ao laudo patrimonial.
Impacto direto para os cotistas do RBVA11
O RBVA11 já informou que o ganho de capital obtido nessa transação integrará o resultado distribuível, dentro da projeção atual de R$ 0,09 por cota ao mês. Isso significa que parte desse lucro poderá compor as distribuições extraordinárias, seguindo a regra de repasse de 95% dos resultados semestrais.
Esse tipo de operação vem sendo um diferencial do fundo. Desde 2019, o RBVA11 já vendeu 24 imóveis, somando R$ 239 milhões em transações e R$ 76,7 milhões em lucro acumulado. O histórico consistente reforça a postura de gestão ativa adotada pela Rio Bravo, que busca realizar lucros em ativos maduros para reinvestir em novas oportunidades.
Estratégia de diversificação em andamento
Outro ponto importante destacado no fato relevante é o impacto positivo na diversificação do portfólio. Com a venda de mais dois imóveis ocupados por instituições financeiras, a exposição ao setor bancário caiu de 26,5% para 25,8%. Esse movimento faz parte da estratégia do RBVA11 de reduzir a concentração em um único segmento e equilibrar a origem das receitas.
Atualmente, nenhum inquilino representa mais de 26% da receita total do fundo, o que reforça a solidez e a resiliência da carteira. O maior inquilino do RBVA11, inclusive, já não pertence ao setor bancário — uma mudança estrutural significativa quando comparada aos primeiros anos do fundo.
Gestão ativa e visão de longo prazo
A Rio Bravo, gestora do RBVA11, tem mostrado um padrão de decisões consistentes ao longo dos últimos anos. O foco em alienações pontuais de imóveis permite realizar lucros relevantes e liberar capital para novas aquisições ou amortizações de alavancagem, sem comprometer a estabilidade do fundo.
Essa postura ativa contribui para manter o portfólio ajustado às condições de mercado, melhora a relação risco-retorno e demonstra uma administração voltada para o longo prazo. Com a recente operação, o fundo reforça seu compromisso com a geração de valor sustentável aos cotistas.
O que esperar daqui pra frente
A venda dos imóveis de Barra Funda e Nilo Peçanha reforça a trajetória de solidez do RBVA11. Além do impacto financeiro imediato, a operação ajuda a preparar o fundo para novas oportunidades de investimento. Com liquidez de cerca de R$ 7,7 milhões gerada a partir dessas vendas, a Rio Bravo poderá utilizar esses recursos para buscar ativos mais estratégicos ou reduzir dívidas.
O resultado é um fundo mais ágil, diversificado e preparado para um cenário imobiliário cada vez mais competitivo. Para os cotistas, a tendência é de estabilidade nas distribuições e potencial de valorização a médio prazo — reflexo de uma gestão que vem entregando resultados consistentes ano após ano.