O fundo de lajes corporativas RCRB11 divulgou seu relatório gerencial referente a maio com novidades que devem animar os cotistas. Entre elas, uma nova locação no edifício Bravo! Paulista, a queda da vacância física para apenas 0,8%, e a projeção de dividendos mais robustos para o segundo semestre de 2025.
Dividendos seguem estáveis e dentro do guidance da gestão
No mês de maio, o RCRB11 gerou cerca de R$ 4,4 milhões em receitas imobiliárias, o que equivale a R$ 1,20 por cota. O resultado distribuído foi de R$ 0,88 por cota, mantendo a estabilidade dos últimos meses. Esse valor representa um dividend yield anualizado de 7,9%, considerando o preço de fechamento de R$ 133,00 no mês.
Segundo o relatório, a distribuição está dentro do guidance da gestão para o semestre. A expectativa é de que o fundo continue distribuindo entre 95% e 100% do resultado caixa até o fim do primeiro semestre.
Nova locação reforça solidez do portfólio
A grande novidade foi a locação dos andares 14º e 15º (cobertura) do Bravo! Paulista para a empresa PAYT Tecnologia e Educação Digital. O contrato é de cinco anos e foi assinado apenas 30 dias após a desocupação do espaço, demonstrando a alta liquidez e atratividade do imóvel.
Com isso, a vacância física do portfólio caiu para apenas 0,8%, restando apenas o 13º andar do mesmo edifício. A gestão está em tratativas para também ocupar esse espaço, buscando retornar à vacância zero ainda no primeiro semestre.
Melhorias estruturais elevam padrão dos ativos
O fundo também destacou investimentos em melhorias no JK Financial Center, especialmente na iluminação do hall de entrada e área de acesso de veículos. A revitalização tem como foco melhorar a segurança e a experiência dos usuários, além de preservar a qualidade do portfólio.
Expectativa de revisional deve gerar upside
Cerca de 20% da área do fundo está entrando em período de revisão contratual nos próximos 12 meses. A gestão estima um upside médio de 15% sobre os valores atuais, o que pode contribuir para um incremento futuro nos rendimentos distribuídos.
Além disso, o fundo continua com pipeline ativo de vendas de três imóveis considerados maduros. Se forem vendidos pelos valores dos laudos, o impacto potencial no lucro distribuível pode chegar a R$ 6,95 por cota.
Liquidez e previsibilidade como pontos fortes
O RCRB11 mantém cerca de R$ 19 milhões alocados em cotas de FIIs, além de uma alavancagem controlada de 13% do PL. As projeções da gestão indicam que, com as vendas previstas, haverá reforço de caixa e possibilidade de novas aquisições estratégicas.
Para maior previsibilidade na absorção da vacância financeira e estabilidade nos pagamentos, a gestão anunciou a linearização das distribuições no segundo semestre. A expectativa é de dividendos de R$ 0,95 por cota ao mês no segundo semestre, considerando a atual composição de inquilinos.
Novo calendário de distribuição
A partir de junho, o fundo também adotará um novo calendário para pagamento dos dividendos. Os rendimentos referentes ao mês de junho serão pagos em duas partes: metade no dia 13/06 e a outra metade no dia 15/07. A partir de julho, os pagamentos passarão a ocorrer no mês subsequente ao mês de referência, seguindo o padrão de outros FIIs da gestora.