O RECR11 informou ao mercado a assinatura de um Memorando de Entendimentos (MOU) para a venda de um conjunto de unidades corporativas localizadas no Edifício Morumbi Plaza, na cidade de São Paulo. A negociação envolve sete conjuntos empresariais distribuídos entre o 1º e o 8º andares, além de 112 vagas de garagem, totalizando 8.663,20 m² de área útil. O fundo destacou que a operação ainda depende do cumprimento de condições precedentes para que seja formalizada por meio de um Compromisso de Compra e Venda (CCV).
Detalhes do acordo assinado com o comprador
Segundo o documento, o preço total acordado para a venda é de R$ 60 milhões, a serem pagos em moeda corrente nacional após a conclusão da fase de diligências técnicas e jurídicas. A estrutura de pagamento foi definida em duas etapas: a primeira parcela, no valor de R$ 10 milhões, deverá ser paga na data de assinatura do CCV, enquanto o saldo de R$ 50 milhões será dividido em cinco prestações semestrais de R$ 10 milhões cada.
A assinatura do CCV deve ocorrer dentro de um período de até cinco meses após a assinatura do MOU, prazo estabelecido como período de exclusividade. Durante esse período, o comprador realizará averiguações necessárias e avaliará o plano de investimento previsto para o imóvel. As parcelas subsequentes serão pagas semestralmente, de maneira consecutiva, a partir da quitação da primeira parcela.
Unidades abrangidas no acordo
O conjunto de unidades compreendido no MOU inclui os andares 1º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do edifício, cada um com área útil de 1.237,60 m². As áreas estão registradas nas matrículas 115.383, 101.340, 101.464, 101.840, 101.676, 101.538 e 101.447, todas vinculadas ao 15º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo. As 112 vagas de garagem também estão incluídas na transação, compondo o conjunto de bens que podem ser alienados caso as condições precedentes sejam atendidas.
O imóvel, localizado na Avenida Jurubatuba, na Vila Cordeiro, é considerado um ativo corporativo relevante para a carteira do fundo, principalmente por sua área total e posicionamento no mercado paulistano. Contudo, a venda segue alinhada à estratégia atual da gestão de realocar recursos e avaliar novas oportunidades compatíveis com o perfil do portfólio.
Condições precedentes e diligências necessárias
A efetivação da operação depende do cumprimento de uma série de condições precedentes estipuladas no MOU. Entre elas, estão a realização de diligência técnica e jurídica sobre as unidades e a aprovação condominial de um plano de investimento voltado ao retrofit do edifício.
Segundo o documento, o promissário comprador será responsável por elaborar e apresentar o planejamento de modernização do Morumbi Plaza, abrangendo fachada, áreas comuns e instalações prediais. A iniciativa deverá ser votada e autorizada pelo condomínio do edifício antes da conclusão da transação.
Esse ponto é considerado relevante, pois envolve intervenções estruturais que podem impactar tanto a administração do imóvel quanto a viabilidade do negócio. Assim, a gestão do RECR11 ressalta que a assinatura do CCV está condicionada à superação de todos esses fatores, conforme prazos e regras estabelecidos no memorando.
Impactos potenciais para o fundo
A operação pode representar uma entrada financeira relevante para o RECR11 caso seja finalizada, especialmente diante da previsão de pagamentos parcelados e do valor total de R$ 60 milhões. Embora o fundo seja majoritariamente composto por ativos de renda fixa imobiliária, a venda de um imóvel corporativo pode contribuir para fortalecer a liquidez da carteira e realocar recursos em operações que se alinhem melhor ao perfil de exposição desejado pela gestão.
Além disso, a estrutura em parcelas semestrais cria uma perspectiva de fluxos recorrentes ao longo dos próximos anos, caso a transação avance conforme previsto. Entretanto, não há garantia de conclusão, já que a fase de diligências e aprovações condominiais pode interferir no andamento do acordo.
O comunicado reforça que a fase atual representa apenas a assinatura de um Memorando de Entendimentos, documento preliminar que estabelece diretrizes e condicionantes. Somente após o atendimento integral dos requisitos será possível firmar o Compromisso de Compra e Venda.
O que acontece agora
Com o MOU assinado, inicia-se o período de exclusividade de até cinco meses para que o comprador realize suas verificações. Durante esse tempo, serão avaliados documentos, condições estruturais e o plano de retrofit. A administração segue acompanhando o processo e deverá comunicar o mercado caso haja avanço ou conclusão das etapas previstas.



