O REC Renda Imobiliária (RECT11) divulgou um fato relevante comunicando a conclusão da venda de um conjunto de lajes corporativas localizadas na Torre Rio Claro Offices, em São Paulo (SP). O negócio marca mais um passo na estratégia do fundo de reduzir seu passivo e otimizar o portfólio de ativos.
A operação envolve oito unidades no empreendimento Cidade Matarazzo, somando 2.426,79 m² de área total BOMA. O comprador é o Fundo de Investimento Imobiliário Torre Rio Claro Offices, administrado pelo Ouribank S.A. Banco Múltiplo.
Venda de R$ 90 milhões com pagamento em 180 parcelas
O valor total da transação foi de R$ 90 milhões, sendo R$ 35 milhões pagos à vista como sinal e o restante parcelado em 180 parcelas mensais de R$ 502.195,59.
Essas parcelas incluem juros de 7,5% ao ano (0,604% ao mês) e serão corrigidas pela variação positiva do IPCA, conforme índice divulgado pelo IBGE.
A operação representa um importante movimento de reciclagem de portfólio, permitindo ao RECT11 reforçar seu caixa e diminuir obrigações financeiras vinculadas aos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Amortização parcial dos CRIs da Opea Securitizadora
Com o recebimento da primeira parcela, o fundo realizará a amortização de R$ 16,6 milhões referente aos CRIs da 251ª Série da 1ª Emissão da Opea Securitizadora S.A..
Essa quitação cumpre parte da obrigação de amortização extraordinária no valor total de R$ 20 milhões, prevista em caso de venda de ativos imobiliários.
Além disso, foi aprovada, em assembleia de 21 de outubro de 2025, a redução dos fundos de reserva de outras séries (215ª, 220ª e 251ª), liberando um excedente de R$ 3,07 milhões. O valor será utilizado em uma amortização adicional programada para 28 de outubro.
Estratégia de gestão e perspectivas para o fundo
A REC Gestão de Recursos S.A., responsável pela administração do RECT11, destacou que continua empenhada na locação de áreas vagas, na venda de ativos não estratégicos e na redução gradual do passivo do fundo.
Essas medidas visam fortalecer o equilíbrio financeiro e preparar o portfólio para um cenário de maior eficiência operacional, especialmente em um momento de ajustes no mercado de lajes corporativas.
Embora a venda represente uma saída de ativos, a operação traz alívio financeiro ao fundo, reduzindo dívidas e abrindo espaço para novas oportunidades de investimento futuro.
Considerações finais
O fato relevante reforça a postura ativa da gestão do RECT11 na busca por liquidez e sustentabilidade de longo prazo. A alienação dos imóveis e a amortização dos CRIs indicam que o fundo segue um plano estruturado para reorganizar sua carteira e reduzir compromissos financeiros.
Como sempre, as informações divulgadas têm caráter meramente informativo e não configuram recomendação de compra ou venda de cotas.



