O RZAG11 atravessou setembro com resultados consistentes, mesmo diante de um cenário de forte volatilidade no agronegócio brasileiro. O mês foi marcado pelo início do plantio da safra 2025/2026 e pela oscilação nos preços de commodities agrícolas como soja, milho e algodão. Apesar dos desafios do setor, o fundo manteve a regularidade na distribuição de rendimentos e consolidou sua estratégia de estabilidade e linearização de resultados.
O cenário do agronegócio em setembro
O mês de setembro marcou o início do plantio da nova safra de soja no Brasil, com avanço lento nas primeiras semanas devido à umidade irregular em regiões do Centro-Oeste. A melhora das chuvas no final do mês, porém, trouxe ritmo às lavouras e elevou as expectativas para uma colheita recorde, caso o clima siga favorável. Mesmo entre safras, os embarques de soja continuaram aquecidos — cerca de 6,5 milhões de toneladas foram exportadas, um recorde para o mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior e do Cepea.
No mercado internacional, os contratos de soja na Bolsa de Chicago oscilaram próximos de US$ 10 por bushel, com volatilidade após relatórios que apontaram estoques ligeiramente maiores nos Estados Unidos. Já no mercado interno, a saca de 60 kg encerrou o mês a R$ 133,62, sustentada pelo câmbio em torno de R$ 5,30 por dólar.
O milho também teve início de plantio no Sul e em parte do Sudeste, com 17% da área já semeada até meados de setembro. O Brasil exportou 7,56 milhões de toneladas do grão no mês, superando agosto e o mesmo período de 2024. Na Bolsa de Chicago, o milho ficou em torno de US$ 4,20 por bushel, enquanto no mercado interno a saca encerrou a R$ 64,26. A combinação entre câmbio favorável e demanda externa sustentou os preços.
No caso do algodão, o mês foi de preparação para a próxima safra, prevista para começar em outubro. O Brasil exportou cerca de 178,8 mil toneladas de pluma, consolidando-se como o principal exportador global. Ainda assim, os preços internacionais oscilaram em uma faixa estreita, com o contrato de dezembro de 2025 fechando a US$ 0,6577 por libra-peso. No mercado interno, o preço médio recuou, refletindo a maior oferta e a postura cautelosa dos compradores industriais.
Desempenho do RZAG11 em setembro
Mesmo diante desse cenário misto, o Riza Agro – RZAG11 apresentou variação positiva de 2,32% em sua cota, que passou de R$ 9,04 para R$ 9,25 no mercado secundário. O fundo manteve o pagamento de R$ 0,125 por cota, valor equivalente a um dividend yield de 1,35% no mês.
A gestão destacou que o fundo tem mantido um acompanhamento próximo junto aos produtores de sua carteira, o que tem garantido o recebimento regular de juros e sustentado a previsibilidade dos resultados. Esse cuidado é especialmente relevante em um período em que o agronegócio enfrenta custos de produção elevados e margens pressionadas.
Distribuição e rentabilidade
Desde abril de 2025, o RZAG11 mantém sua política de linearização de resultados, com distribuição estável de R$ 0,125 por cota. Essa constância tem assegurado ao fundo uma rentabilidade anual próxima de CDI + 2,25%, além de uma reserva de resultado de R$ 11,3 milhões, o que equivale a R$ 0,1670 por cota.
Essa reserva é vista pela gestão como um fator-chave para atravessar períodos de alta volatilidade no setor. Ela funciona como uma espécie de amortecedor financeiro, permitindo ao fundo manter a regularidade nas distribuições mesmo em meses de maior oscilação de receitas ou custos agrícolas.
Perspectivas para os próximos meses
Para os próximos meses, a gestão do RZAG11 segue otimista quanto à capacidade de manter a estabilidade operacional e o nível de rentabilidade atual. O foco continua sendo o relacionamento com produtores parceiros e a seleção criteriosa de operações, em linha com a estratégia de mitigação de riscos do portfólio.
Apesar das incertezas que ainda cercam o agronegócio — como a influência do clima e as variações cambiais — o fundo segue confiante em sua estrutura de crédito e nas garantias das operações em carteira. O desempenho recente indica que o RZAG11 conseguiu consolidar uma base sólida de resultados, mesmo diante de um ambiente de custos e preços em constante mudança.



