O fundo imobiliário TEPP11, focado em lajes corporativas e com mais de 28 mil cotistas, divulgou um fato relevante que pode ter impacto direto no rendimento distribuído aos seus investidores. A novidade envolve a venda de um imóvel atualmente ocupado pelo Banco Santander, localizada no térreo do Edifício Torre Sul, na cidade de São Paulo.
A operação pode gerar um ganho de capital de R$ 441.300,06 para o fundo, o equivalente a cerca de R$ 0,10 por cota. Mas o que está por trás dessa movimentação? E como isso pode afetar o desempenho futuro do TEPP11?
Detalhes da operação divulgada pelo TEPP11
O imóvel em questão está situado na Rua James Joule, nº 65, no bairro do Morumbi, dentro do condomínio Edifício Torre Sul. A unidade vendida é uma loja no térreo do edifício, atualmente alugada para o Banco Santander, com contrato vigente até março de 2030.
Segundo o fato relevante, o Tellus Properties – Fundo de Investimento Imobiliário (TEPP11) assinou uma Promessa de Compra e Venda com Condições Resolutivas, comprometendo-se a vender o ativo por R$ 7.800.000,00. No entanto, apenas 62,5% desse valor pertencem ao fundo, proporcional à sua participação na unidade comercial.
Com isso, o TEPP11 embolsará cerca de R$ 4.875.000,00, considerando sua parte na propriedade. Além disso, após a venda, o fundo passará a deter 48,53% do Edifício Torre Sul, contra os 51,24% anteriores.
TIR estimada de 18,45% e impacto nos rendimentos
Um dos dados que mais chamaram a atenção no documento foi a estimativa de Taxa Interna de Retorno (TIR) da operação: 18,45%. Esse percentual indica uma rentabilidade acima da média para operações de desinvestimento em ativos imobiliários estabilizados e locados para grandes inquilinos.
O fundo também divulgou que o lucro com a operação será de R$ 441 mil, o que representa um acréscimo potencial de R$ 0,10 por cota no semestre em que os valores da venda forem efetivamente recebidos.
É importante ressaltar que, conforme mencionado no documento, o valor distribuído em rendimentos dependerá do conjunto das alocações e resultados do portfólio, e não apenas dessa venda específica.
Estratégia ativa de gestão e concentração geográfica
O TEPP11 é um fundo de gestão ativa, especializado em lajes corporativas, com cinco ativos localizados na cidade de São Paulo. Essa concentração geográfica pode ser vista com bons olhos por alguns investidores, dado o potencial de valorização dos imóveis corporativos em regiões estratégicas da capital paulista.
Por outro lado, fundos de gestão ativa como o TEPP11 estão constantemente avaliando oportunidades de compra e venda de ativos, o que pode gerar tanto lucros relevantes, como neste caso, quanto eventuais riscos de vacância ou dificuldades de negociação.
A venda anunciada mostra que o fundo está atento às oportunidades do mercado e buscando realizar lucros onde há potencial de valorização já capturada.
O que esperar para os próximos meses?
Com a assinatura do compromisso de venda, agora resta aguardar o cumprimento das condições resolutivas para que a transação seja concluída e os valores passem a integrar o caixa do fundo.
Caso isso ocorra no segundo semestre de 2025, é possível que os cotistas vejam um reforço nos rendimentos distribuídos até o fim do ano, especialmente se os demais ativos da carteira continuarem performando de forma estável.
Além disso, o TEPP11 pode utilizar os recursos da venda para novos investimentos, reduzir alavancagens, distribuir lucros ou melhorar a diversificação do portfólio, dependendo da estratégia da gestão.
Considerações finais
A movimentação anunciada no fato relevante é mais uma demonstração de que a gestão do TEPP11 está buscando ativamente a geração de valor para seus cotistas. A venda de parte do imóvel alugado ao Santander, com contrato vigente até 2030, foi realizada com lucro e boa rentabilidade, reforçando a qualidade dos ativos do portfólio.
Para os cotistas, vale acompanhar os próximos relatórios mensais e a comunicação da gestora sobre o cronograma de recebimento e distribuição dos valores oriundos da operação.