O fundo imobiliário VGHG11, classificado como hedge fund imobiliário híbrido e conhecido por atuação diversificada entre crédito, FIIs e participações em SPEs, divulgou seu relatório gerencial referente a outubro de 2025. O documento apresenta mudanças relevantes na composição da carteira, atualizações sobre casos de crédito e os rendimentos distribuídos no período.
Alocação e patrimônio do fundo em outubro
O VGHG11 encerrou o mês com 101,0% do patrimônio líquido alocado em Ativos-Alvo, distribuídos em 138 ativos diferentes, totalizando R$ 1.420,3 milhões investidos. Além disso, o relatório mostra que R$ 62,2 milhões (4,4% do PL) estavam alocados em operações de venda e recompra futura de CRIs (compromissada reversa), remuneradas a CDI + 0,8% ao ano, enquanto os recursos líquidos permaneceram em instrumentos de caixa.
A carteira do fundo segue diversificada entre crédito, FIIs e participações empresariais. A distribuição atual dos ativos é a seguinte:
- 36% em CRIs
- 36,7% em FIIs e ações
- 27,2% em FIDC e SPEs
Esse perfil mantém o VGHG11 como um fundo com exposição híbrida, combinando estratégias de renda e ganho de capital.
Distribuição de rendimentos do VGHG11
O fundo distribuiu R$ 0,07 por cota referente a outubro de 2025. Segundo a gestora, a distribuição equivale a uma rentabilidade líquida de IPCA + 10,65% ao ano, calculada sobre o valor da cota patrimonial de setembro.
Nos últimos 12 meses, o VGHG11 acumulou R$ 1,06 por cota em dividendos, o que representa 13,2% ao ano de rentabilidade líquida, equivalente a IPCA + 7,7% ao ano. Esses números refletem a estratégia do fundo, que combina operações estruturadas com oportunidades táticas de mercado.
Apesar dos rendimentos, o relatório aponta que houve uma variação negativa de R$ 0,03 por cota no patrimônio líquido, relacionada à desvalorização da carteira de FIIs do fundo durante o período.
Mudanças relevantes nas carteiras VALOR e RENDA
O relatório detalha movimentos significativos entre as duas principais frentes de atuação do VGHG11: carteira VALOR (operações com potencial de ganho de capital) e carteira RENDA (operações com foco em geração de fluxo).
Carteira VALOR
A carteira teve compras líquidas de R$ 37,9 milhões, principalmente em:
- Participações em SPEs de projetos em São Paulo
- Destaque para a participação no Complexo Cidade Matarazzo, que inclui o Hotel Rosewood e o Soho House São Paulo
Com essas movimentações, a carteira VALOR passou a representar 46,6% dos ativos-alvo, ante 42,9% no mês anterior.
Carteira RENDA
Por outro lado, houve vendas líquidas de R$ 76,5 milhões, principalmente de CRIs, resultando em ganhos para o fundo. Com isso, a carteira RENDA passou a 53,4% da alocação, frente aos 57,1% registrados no mês anterior.
Casos de inadimplência e atualizações de crédito
O relatório também atualizou a situação de ativos problemáticos:
- CRIs Selina seguem marcados a zero, sem mudanças no mês
- A venda final dos terrenos ligados ao CRI Guaicurus ainda depende de diligências e questões jurídicas
Essas situações permanecem monitoradas pela gestão e devem continuar afetando parte do resultado potencial do fundo.
Base de investidores e liquidez
O fundo atingiu 406.957 cotistas ao final de outubro, consolidando-se como um dos maiores FIIs em número de investidores do mercado. A liquidez média diária foi de R$ 2,8 milhões, mantendo o ativo dentro do grupo de fundos com forte negociação no mercado secundário.


