O XPLG11 divulgou seu relatório gerencial referente a outubro de 2025 e trouxe informações importantes sobre o desempenho do fundo e seus próximos passos estratégicos. O fundo anunciou um dividend yield anualizado de 9,66%, considerando a cota de mercado de R$ 101,89 ao final do mês. Os rendimentos serão pagos em 14 de novembro, reforçando o compromisso da gestão com a regularidade na distribuição de resultados aos cotistas.
Além dos dividendos, o relatório destacou avanços na 8ª emissão de cotas e nas negociações relacionadas à aquisição bilionária de ativos logísticos, o que pode impactar positivamente o portfólio e o fluxo de receitas futuras do fundo.
Rendimento acumulado e estratégia de distribuição
O XPLG11 segue adotando uma política de uniformização dos rendimentos, buscando manter uma distribuição estável ao longo dos semestres. De acordo com o documento, o NE Logistic FII, veículo controlado integralmente pelo fundo, possui um resultado base caixa acumulado e não distribuído de R$ 2,69 por cota, sem considerar a correção inflacionária prevista para os recebimentos futuros.
Essa reserva será utilizada gradualmente para sustentar o patamar de distribuição, oferecendo previsibilidade aos investidores mesmo em períodos de oscilações no fluxo operacional. A gestora reforçou que continuará alinhando o cronograma de pagamentos ao fluxo de caixa real do semestre, respeitando a legislação vigente.
Inadimplência e perspectivas de regularização
O relatório também trouxe dados sobre a inadimplência, que ficou em 6,3% da receita de locação mensal ordinária, relacionada a quatro locatários específicos. A gestora informou que já tomou as medidas cabíveis e está em negociação direta para o recebimento dos valores pendentes.
A expectativa é positiva: 4,9 pontos percentuais desse montante podem ser quitados ainda na próxima semana, o que reduziria significativamente o índice de inadimplência e restabeleceria a estabilidade da receita operacional.
A comunicação transparente sobre o tema demonstra o foco do XPLG11 em preservar a qualidade do fluxo de caixa, essencial para fundos logísticos com grande número de locatários.
Avanço da 8ª emissão de cotas do XPLG11
Outro ponto de destaque é a 8ª emissão de cotas do XPLG11, que segue em andamento com montante inicial de aproximadamente R$ 1,1 bilhão. Essa captação visa fortalecer o caixa e apoiar a execução de novas aquisições, consolidando a posição do fundo no setor logístico.
Em 28 de outubro, foi divulgado o encerramento do direito de preferência, com captação de cerca de R$ 1,6 milhão — dados que já constam na CVM. A gestão reiterou que o processo está ocorrendo dentro do cronograma e que a emissão deve ser concluída em breve, acompanhando o avanço das negociações estratégicas previstas.
Negociações para aquisição bilionária seguem em curso
Um dos assuntos mais aguardados pelos cotistas é a possível aquisição dos ativos imobiliários dos fundos RBRL11 e RDLI11, anunciada em Fato Relevante de 30 de junho de 2025. A transação, avaliada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, segue dentro do cronograma estimado pela gestora.
As diligências para a conclusão da operação estão em andamento e envolvem análises jurídicas, técnicas e financeiras. Caso seja concluída, essa aquisição pode ampliar significativamente o portfólio do XPLG11, reforçando sua presença no mercado logístico e diversificando ainda mais as fontes de receita do fundo.
A gestora afirmou que qualquer atualização sobre o processo será divulgada tempestivamente ao mercado, garantindo total transparência aos investidores.
Vacância e gestão ativa do portfólio
Em relação às áreas vagas, o XPLG11 segue prospecção de novos locatários com o apoio de parceiros estratégicos. O foco é reduzir a vacância e otimizar a rentabilidade dos imóveis já presentes no portfólio.
Além disso, o fundo mantém a reciclagem de ativos no radar — uma estratégia que consiste em vender propriedades maduras para adquirir novos imóveis com maior potencial de valorização ou de geração de renda.
Essa política tem sido utilizada por diversos fundos logísticos como forma de manter a atratividade dos rendimentos e ajustar o portfólio conforme as oportunidades de mercado.
Conclusão: estabilidade, crescimento e transparência
O XPLG11 encerrou outubro demonstrando solidez operacional, rendimentos consistentes e um pipeline de crescimento robusto. A manutenção de um dividend yield de 9,66% ao ano reforça sua posição de destaque entre os fundos de logística listados na B3.
Com a nova emissão em curso e a possível aquisição bilionária no horizonte, o fundo mostra que está preparado para expandir suas operações e fortalecer ainda mais sua relevância no setor. A combinação entre gestão ativa, previsibilidade e diversificação segue sendo o principal diferencial para o investidor que busca exposição ao mercado logístico.



