O RBVA11 anunciou a venda do imóvel São Gonçalo Centro, no Rio de Janeiro, locado ao Banco Santander, por R$ 8,1 milhões. A transação, formalizada por escritura pública, marca a 25ª venda da história do fundo e reforça a política ativa de reciclagem do portfólio.
Com essa operação, o fundo reduz sua exposição ao setor bancário para menos de 25% do ativo total, ampliando sua diversificação e diminuindo riscos de concentração. A alienação foi feita 20,9% acima do valor de laudo e 2,5% acima do custo de aquisição, resultando em um lucro de R$ 35,4 mil.
A venda também proporcionou uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 10,6% ao ano, equivalente a IPCA + 4,5% a.a. ou CDI + 1% a.a., ao longo de 13 anos de posse do ativo — um desempenho considerado positivo dentro da estratégia do fundo.
Estrutura da operação e geração de caixa
O contrato estabelece o pagamento de 50% do valor à vista — R$ 4,05 milhões já recebidos — e 50% parcelados em até 14 meses, com correção pelo IPCA e garantia de alienação fiduciária do imóvel em favor do fundo.
No total, a operação gerou R$ 7,9 milhões em liquidez imediata para o RBVA11, fortalecendo o caixa e abrindo espaço para novos investimentos ou amortização de alavancagens existentes.
A Rio Bravo Investimentos, gestora do fundo, classificou a venda como “oportuna”, destacando que o imóvel estava localizado em uma região menos estratégica para o portfólio e que, mesmo sem um ganho contábil expressivo, apresentou retorno econômico satisfatório.
Desempenho e estratégia de diversificação
O RBVA11 vem adotando uma postura ativa de gestão desde 2019, realizando alienações que somam R$ 247 milhões em vendas e um lucro acumulado de R$ 75,9 milhões. Essa venda é a segunda na região de São Gonçalo apenas neste mês, mostrando consistência na política de reciclagem de ativos.
De acordo com a gestora, essas transações fortalecem a estratégia de equilíbrio entre retorno e segurança, reduzindo a dependência de um único segmento econômico. Após a operação, nenhum inquilino representa mais de 26% da receita contratada do fundo, o que evidencia um portfólio bem distribuído e menos exposto a riscos específicos.
O movimento também reflete o amadurecimento da tese do fundo, que tem buscado se distanciar de uma imagem concentrada em agências bancárias. Atualmente, o maior inquilino do RBVA11 já não pertence ao setor financeiro, representando uma mudança estrutural relevante.
Impacto sobre resultados e guidance
A venda do imóvel em São Gonçalo gerou um ganho de capital de R$ 0,0002 por cota, que passará a compor os ganhos extraordinários já previstos no guidance de R$ 0,09/cota/mês para o semestre atual.
A gestão reforçou que continua comprometida com a distribuição de pelo menos 95% dos lucros semestrais, conforme determina a legislação, e que segue atenta às oportunidades de reciclagem de ativos capazes de agregar valor e liquidez.
O RBVA11 também ressaltou que, embora o lucro contábil da operação seja modesto, o retorno real foi positivo, superando o CDI e gerando rentabilidade superior à média de fundos semelhantes no mesmo segmento.
Estratégia e perspectivas
Com mais de duas dezenas de alienações realizadas, o RBVA11 demonstra consistência em sua estratégia de gestão ativa, que busca equilibrar ganhos de capital, diversificação setorial e previsibilidade de rendimentos.
Segundo a Rio Bravo, o fundo segue focado em identificar oportunidades de reciclagem inteligente, especialmente em ativos com liquidez favorável e em regiões onde a valorização já atingiu maturidade.
O aumento de caixa obtido com essa operação deverá permitir ao fundo avaliar novas aquisições e recompor seu portfólio com imóveis mais alinhados ao perfil atual da carteira, privilegiando contratos longos, inquilinos sólidos e localizações estratégicas.
O canal de RI da Rio Bravo segue disponível para investidores interessados em mais informações sobre a operação ou sobre as próximas movimentações do fundo.