O BTG Pactual divulgou sua nova carteira recomendada de Fundos Imobiliários (FIIs) para maio de 2025, e o destaque vai para a predominância de fundos de recebíveis, que seguem como principal aposta da casa no cenário atual. Com uma rentabilidade acumulada de 45,97% desde junho de 2019, a seleção superou com folga o IFIX, que no mesmo período subiu 29,95%. A performance recente também é sólida: 2,96% no mês, contra 3,01% do IFIX.
Composição da carteira BTG – Maio/25
A carteira é formada por 17 fundos, com os seguintes pesos:
- KNCR11 (Kinea Rendimentos) – 13,5%
- RBRR11 (RBR Rendimento High Grade) – 9%
- KNIP11 (Kinea Índice de Preços) – 8,5%
- RBRY11 (RBR Crédito Estruturado) – 8%
- BTCI11 (BTG Crédito Imobiliário) – 7%
- BTLG11 (BTG Logística) – 7%
- TRXF11 (TRX Real Estate) – 7%
- VILG11 (Vinci Logística) – 6%
- PVBI11 (VBI Prime Properties) – 5%
- BRCO11 (Bresco Logística) – 4,5%
- CLIN11 (Clave Índices de Preços) – 3,5%
- HGBS11 (Hedge Brasil Shopping) – 3,5%
- HGRU11 (CSHG Renda Urbana) – 3,5%
- BRCR11 (BTG Corporate Office) – 3,5%
- BTHF11 (BTG Real Estate Hedge Fund) – 3%
- VGIR11 (Valora RE III) – 3% – entrada nova no mês
- CPTS11 (Capitânia Securities II) – 2,5%
- GZIT11 (Gazit Malls) – 2%
Novo fundo na carteira
A única adição de maio foi o VGIR11, fundo da Valora com foco em crédito estruturado. Ele recebeu uma alocação de 3%, substituindo algum fundo anterior não divulgado publicamente, o que demonstra a atenção do BTG a oportunidades pontuais sem alterar drasticamente sua tese central.
Setores favoritos: recebíveis e logística
A distribuição setorial reforça uma visão ainda conservadora por parte da gestora:
- 55% – Fundos de recebíveis
- 18% – Galpões logísticos
- 11% – Renda urbana
- 9% – Lajes corporativas
- 6% – Shoppings
- 3% – Hedge fund
O foco em recebíveis está alinhado ao atual ciclo econômico, com juros ainda elevados, tornando os FIIs de papel mais atraentes pelo rendimento elevado e previsível. Já os fundos logísticos continuam representando uma aposta de médio prazo, impulsionada pela demanda do comércio eletrônico e pela reestruturação das cadeias de abastecimento.
Desempenho histórico impressiona
A rentabilidade histórica da carteira supera a do IFIX desde junho de 2019, com destaque para momentos de forte recuperação após quedas de mercado. A consistência dos resultados reforça a tese adotada pelo BTG, que equilibra ativos de renda fixa imobiliária com segmentos estratégicos da economia real.
Considerações finais
A carteira de FIIs do BTG para maio de 2025 mostra uma postura cautelosa, porém bem estruturada, com forte presença de ativos indexados à inflação e ao CDI, além de uma alocação relevante em setores que oferecem potencial de valorização. Para investidores que buscam segurança com algum potencial de crescimento, esse portfólio pode servir como um excelente ponto de partida.