De acordo com o comunicado, houve o distrato do contrato com a XP Investimentos, que vinha atuando como formadora de mercado do JSRE11. A corretora deixará de prestar esse serviço a partir do dia 14 de maio de 2025.
A decisão já havia sido previamente aprovada em assembleia de cotistas, o que demonstra que a movimentação foi planejada e não representa um evento extraordinário ou imprevisto.
A atuação da XP, embora discreta, cumpria um papel importante na manutenção de liquidez e estabilidade nas negociações das cotas do fundo. A partir da data mencionada, essa responsabilidade será transferida para uma nova estrutura, que será detalhada a seguir.
Safra assume com fundo próprio como formador de mercado
A principal novidade do comunicado é a contratação do “Safra Próprio Formador de Mercado Fundo de Investimento Financeiro”, que assumirá oficialmente as funções de formador de mercado do JSRE11 a partir de 15 de maio de 2025.
Essa transição marca uma mudança de estratégia do fundo. Ao optar por um formador de mercado da própria casa, o JSRE11 passa a contar com um serviço alinhado diretamente ao seu administrador, o Banco J. Safra. Isso pode trazer benefícios como maior integração entre as áreas de gestão e liquidez do fundo.
A contratação segue todos os parâmetros estabelecidos pela Resolução CVM 133, além das normas da B3, como o Regulamento de Negociação e o Manual de Procedimentos Operacionais de Negociação. A atuação do novo formador de mercado também obedecerá aos demais normativos aplicáveis à atividade.
Custos serão pagos pelo fundo
Outro ponto importante revelado no comunicado é que os custos dos serviços do novo formador de mercado serão arcados diretamente pelo fundo, conforme previsto na Resolução CVM 175.
Ou seja, não haverá cobrança direta aos cotistas, mas o impacto será sentido indiretamente, já que os custos operacionais do fundo influenciam na rentabilidade líquida distribuída em forma de dividendos.
Esse modelo é comum no mercado de fundos imobiliários e busca garantir a continuidade do serviço de formador de mercado sem onerar diretamente os investidores. Ainda assim, é importante que os cotistas fiquem atentos ao impacto desse novo custo na performance do fundo ao longo do tempo.
O que muda na prática para o cotista do JSRE11?
Para o investidor que acompanha e negocia cotas do JSRE11, a mudança pode gerar pequenas oscilações no curto prazo, especialmente no período de transição entre a saída da XP e a entrada do novo formador de mercado.
No entanto, o fato de a troca já estar aprovada em assembleia e seguir todas as normas da CVM e da B3 tende a minimizar riscos e garantir uma transição ordenada.
Além disso, o novo formador de mercado será um fundo diretamente ligado ao próprio Banco Safra, o que pode aumentar a sinergia na gestão e no acompanhamento das operações.
A liquidez continuará sendo prioridade
É importante lembrar que o JSRE11 é um dos FIIs com maior liquidez média da bolsa, sendo presença constante entre os fundos mais negociados do IFIX. A manutenção de um formador de mercado ativo é um dos fatores que contribuem para esse desempenho, junto à qualidade dos ativos que compõem o portfólio do fundo.
Com a entrada do Safra Próprio Formador de Mercado, a expectativa é de que essa liquidez seja mantida — ou até mesmo ampliada, caso haja maior eficiência na execução das ofertas de compra e venda ao longo dos pregões.
Conclusão
A troca de formador de mercado no JSRE11 não deve ser vista como um sinal de alerta, mas sim como uma reorganização estratégica que visa fortalecer a estrutura do fundo. A medida já era prevista, foi aprovada em assembleia e respeita todas as normas regulatórias.
Para os cotistas, a recomendação é acompanhar os impactos dessa transição nas próximas semanas, observando possíveis alterações na liquidez, no spread das negociações e na performance geral do fundo.