O KORE11, fundo imobiliário de lajes corporativas listado na B3, divulgou seu relatório gerencial referente a setembro de 2025 e trouxe novidades relevantes para os cotistas. O destaque do mês foi a locação de um andar no edifício Morumbi Office Tower para a empresa Argo Transmissão de Energia, o que levou o imóvel à ocupação total.
Redução da vacância
Com essa operação, a vacância física do portfólio caiu para 3,96%, ante 6,23% no mês anterior. Já a vacância financeira recuou para 4,81% (contra 6,35% em agosto), e a vacância financeira ajustada pelas carências previstas nos novos contratos fechou em 8,93% (ante 9,54%).
Esses números mostram a melhora na performance operacional do fundo, que segue conseguindo reduzir espaços vagos e aumentar a geração de receita.
Dividendos e projeções futuras
O fundo confirmou a distribuição de R$ 1,25 por cota referente a setembro, com pagamento marcado para o dia 14 de outubro de 2025. Esse valor mantém o patamar que vinha sendo praticado em meses anteriores.
Segundo a gestão, a expectativa é de que esse nível de proventos se mantenha até dezembro de 2025, quando está prevista a quitação da última parcela relacionada à aquisição dos imóveis do portfólio. O pagamento será feito integralmente com recursos já disponíveis em caixa, sem necessidade de venda de ativos, novas emissões ou financiamentos.
A partir de então, com a redução do saldo da Renda Mínima Garantida (RMG) e o fim da receita financeira proveniente das aplicações em caixa, os dividendos devem se estabilizar entre R$ 0,60 e R$ 0,63 por cota ao mês, o que equivale a um valor anual de R$ 7,20 a R$ 7,56 por cota.
Considerando o preço de mercado atual, essa faixa representaria um dividend yield estimado entre 9,90% e 10,40%, de acordo com o relatório.
Liquidez e negociações
Em setembro, o KORE11 movimentou 844.162 cotas, equivalentes a cerca de 8,77% do total do fundo. O volume médio diário foi de R$ 2,63 milhões, com um volume médio por negócio de R$ 866,65, o que reforça a boa liquidez do ativo no mercado secundário.
Vacância concentrada em dois imóveis
Apesar da melhora geral, o fundo ainda apresenta vacância em dois ativos:
- Alameda Santos, 2477 – São Paulo (SP)
- ABL: 6.468 m²
- Valor de avaliação: R$ 105 milhões
- Vacância financeira: 13,11%
- Locatários: Fundação CESP, Hollister do Brasil, CAJU
- Centro Empresarial Botafogo – Rio de Janeiro (RJ)
- ABL: 23.440 m²
- Valor de avaliação: R$ 559,5 milhões
- Vacância financeira: 6,03%
- Locatários: Oncoclínicas, Bradesco, Light
Esses dois empreendimentos explicam a maior parte da vacância consolidada do portfólio, que segue diversificado com mais de 60 inquilinos distribuídos em quatro edifícios comerciais.
Considerações finais
O relatório do KORE11 mostra evolução importante em termos de ocupação, com destaque para o fechamento de contrato que levou o Morumbi Office Tower à plena utilização. A manutenção do dividendo de R$ 1,25 por cota até dezembro traz previsibilidade para os investidores, ao mesmo tempo em que já se desenha um cenário de ajustes a partir de 2026, quando os rendimentos devem convergir para patamares próximos a R$ 0,60 por cota.
O fundo continua sendo acompanhado de perto pelo mercado devido ao alto nível de distribuição atual, à redução gradual da vacância e ao fato de ainda negociar com boa liquidez na bolsa.