O GGRC11, um dos fundos imobiliários mais ativos do mercado nos últimos meses, anunciou a conclusão de mais uma movimentação relevante em seu portfólio. Segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira (11), a aquisição do Centro de Distribuição Martin Brower, localizado em Curitiba (PR), foi oficialmente concluída, com o imóvel passando a integrar formalmente os ativos do fundo.
A operação, iniciada no fim de abril, estava condicionada à superação de diversas etapas burocráticas e contratuais. Com as condições precedentes superadas, a gestora Zagros Capital confirmou o pagamento da chamada “Parcela B” da aquisição, no valor de R$ 33 milhões. Este montante foi liquidado por meio de compensação de créditos no âmbito da 9ª emissão de cotas do fundo.
Receita imediata para o fundo
A incorporação do ativo logístico ao portfólio do GGRC11 traz consigo uma renda contratada mensal de R$ 345.782,00. Considerando os valores pagos e a renda esperada, o cap rate estimado para o primeiro ano da operação é de 11,85%, um número bastante atrativo dentro do segmento logístico, especialmente considerando o atual ambiente macroeconômico.
Apesar da empolgação de parte do mercado com mais uma movimentação do GGRC11, especialistas lembram que ainda há a Parcela C a ser quitada, que está retida como garantia para obrigações pós-closing. Esse fator pode influenciar os resultados futuros, caso surjam ajustes ou contingências relacionadas ao ativo.
Mudança de imagem?
O GGRC11 tem protagonizado uma série de fatos relevantes nos últimos meses, mostrando um apetite maior por aquisições e reorganizações internas. Trata-se de uma mudança de postura em relação a anos anteriores, quando o fundo passou por um período de instabilidade, incluindo a polêmica prisão de um antigo gestor.
Agora, sob a gestão da Zagros Capital, o fundo busca consolidar uma nova fase, mais transparente e voltada para uma gestão ativa e com foco na geração de receita recorrente.
Impactos para o cotista
Com pouco mais de 180 mil cotistas, o GGRC11 é um dos fundos mais pulverizados da B3. A aquisição de ativos com contratos de locação robustos tende a trazer maior previsibilidade nos rendimentos, o que é bem-visto por investidores que priorizam estabilidade.
Ainda assim, como toda aquisição imobiliária, há riscos embutidos. A performance real do ativo, a manutenção do inquilino e o cumprimento das obrigações pós-closing são fatores que merecem monitoramento nos próximos meses.
Fundo em transformação
O GGRC11 vem tentando deixar para trás o estigma de um fundo estagnado. Com sucessivas aquisições, vendas e reestruturações, a nova fase sob a administração da Banvox e gestão da Zagros parece estar mais alinhada às expectativas de investidores que buscam um portfólio dinâmico e com boa relação risco-retorno.
Para os cotistas, a atenção agora se volta para os resultados efetivos dessa aquisição: se o contrato será mantido sem revisões, se a rentabilidade esperada se concretizará e se a gestora continuará entregando valor com consistência.