O HSI Logística FII (HSLG11), fundo imobiliário focado no setor logístico, divulgou um fato relevante que pode mexer com o radar dos investidores atentos a oportunidades fora do “mainstream”. Apesar de ainda não estar entre os fundos mais populares da B3, o HSLG11 revelou uma valorização significativa em seus ativos imobiliários, o que gerou um impacto direto e positivo em seu valor patrimonial por cota.
Segundo a gestora HSI e a administradora BRL Trust, os imóveis para renda que compõem o portfólio do fundo foram avaliados a valor justo em junho de 2025, com base na Resolução CVM nº 175. A reavaliação foi conduzida pela consultoria independente Cushman & Wakefield, empresa reconhecida no setor.
Os resultados foram expressivos: a nova avaliação apontou uma valorização de 6,56% nos imóveis, o que impactou diretamente o valor patrimonial do fundo. A mudança foi suficiente para elevar o valor patrimonial por cota de R$ 103,12 para R$ 110,44, um aumento de 7,11%.
HSLG11 se posiciona como um fundo com uma abordagem estruturada e foco em ativos logísticos de longo prazo, o que geralmente atrai cotistas com perfil mais conservador ou que buscam exposição ao setor industrial sem a volatilidade de fundos com estratégias mais arrojadas.
A reavaliação e seus efeitos práticos
O relatório aponta que a valorização se deu em função da avaliação de mercado dos imóveis já acabados e que fazem parte da carteira de renda do fundo. Vale destacar que um dos ativos do portfólio, o HSI Log. BTS Meliainda, ainda não foi considerado na avaliação de valor justo, pois está em fase final de desenvolvimento. Ele permanece registrado a custo, o que indica que futuras atualizações podem trazer ainda mais impacto no valor patrimonial.
Isso significa que, mesmo com a valorização atual, o potencial completo do portfólio ainda não está totalmente refletido nos números. Para o investidor atento, esse pode ser um indicativo de upside ainda não precificado no mercado secundário.
O que isso pode sinalizar ao investidor
Ainda que o HSLG11 não esteja entre os fundos com maior volume de negociação, esse fato relevante traz à tona um ponto que, muitas vezes, passa despercebido: a importância do valor patrimonial real dos ativos de um fundo, especialmente em setores como o logístico, onde os contratos de longo prazo e os imóveis sob medida (como galpões BTS) desempenham papel fundamental na geração de receita e valorização.
Além disso, essa movimentação pode ajudar a reduzir o desconto com que o fundo eventualmente esteja sendo negociado em relação ao seu valor patrimonial — algo comum em FIIs fora do radar principal do mercado.
Possível impacto nos rendimentos
É importante destacar que o aumento no valor patrimonial não implica, automaticamente, em aumento de rendimentos distribuídos, já que eles dependem principalmente da geração de caixa. No entanto, o crescimento do patrimônio pode representar mais segurança para o cotista, além de potencial valorização das cotas no mercado secundário.
O fundo ainda não divulgou nenhuma alteração nos proventos, mas a valorização patrimonial pode ser um fator que, combinado com boa performance operacional, contribua para a estabilidade e previsibilidade dos rendimentos.
Considerações finais
A divulgação desse fato relevante coloca o HSLG11 sob nova perspectiva. Apesar de ser um fundo ainda pouco comentado entre os investidores pessoa física, ele demonstra sinais de valorização patrimonial consistente, com potencial ainda não completamente refletido em suas cotas negociadas na bolsa.
Ficar atento a movimentos como esse é fundamental para quem busca diversificação com qualidade no setor logístico, especialmente fora dos fundos mais “badalados”. Vale acompanhar os próximos relatórios e, principalmente, a avaliação do ativo em desenvolvimento, que ainda pode trazer novidades relevantes.