O XPIN11 apresentou em seu relatório gerencial de agosto números relevantes para os cotistas, trazendo informações sobre dividendos, vacância, inadimplência e estratégias de gestão. O fundo, que integra o mercado de fundos imobiliários, tem buscado consolidar resultados consistentes e sinaliza um movimento positivo em alguns pontos importantes.
Dividendos e resultado acumulado
No dia 07/08/2025 foi anunciada a distribuição de R$ 0,74 por cota para os investidores de XPIN11, com pagamento realizado em 14/08/2025. Esse valor corresponde a um dividend yield anualizado de 12,9% considerando a cotação de fechamento de julho, de R$ 68,79 por cota.
Além da distribuição, o fundo encerrou o mês com saldo acumulado de R$ 0,85 por cota não distribuído, reflexo principalmente da venda parcial de portfólio divulgada em setembro de 2024. Esse montante traz margem para a gestora adotar uma estratégia de uniformização de rendimentos ao longo do semestre, ajustando pagamentos conforme o fluxo de caixa.
Essa prática reforça a tentativa de estabilidade para o cotista, reduzindo oscilações entre meses de maior ou menor distribuição, o que costuma ser bem-visto no mercado.
Redução da vacância com novo contrato
Outro ponto relevante do relatório foi a movimentação de locatários. Em agosto, a gestora fechou contrato de locação com a empresa Gtech, envolvendo 1.924 m² de ABL no Jundiaí I, com vigência de 60 meses a partir de 01/08/2025.
Com esse contrato, a vacância física caiu para 3,8%, mostrando um avanço considerável para a ocupação do portfólio. A redução da vacância é fundamental para garantir maior previsibilidade de receitas e estabilidade na geração de caixa do fundo.
Situação da inadimplência e ações judiciais
O relatório também trouxe destaque para a inadimplência. Após diversas medidas adotadas pela gestora, houve uma queda expressiva na incidência sobre a receita de locação ordinária: de aproximadamente 20% para cerca de 6%, atualmente concentrada em dois locatários.
Ainda assim, a inadimplência acumulada em aluguéis não pagos soma cerca de R$ 7,4 milhões, incluindo multas e encargos. Entre os casos mais relevantes:
- Polishop: aguardando assembleia geral de credores para homologação do plano de recuperação judicial, onde constará o plano de pagamentos.
- Confort: alvo de ação de despejo protocolada em 24/04/2025; já pagou R$ 531 mil, restando em aberto R$ 144 mil.
- Sogefi: após ação de despejo em 21/11/2024, quitou R$ 5,1 milhões, ainda devendo cerca de R$ 700 mil.
- Acqualimp: ação de despejo protocolada em 21/01/2025; apresentou defesa em maio e, em julho, o fundo recebeu a primeira parcela do seguro locatício.
Apesar dos valores pendentes, a tendência de redução da inadimplência mostra avanço importante para a saúde financeira do fundo.
Estratégias da gestora para o fundo
A gestora, em conjunto com a BBP, segue ativa na prospecção de novos locatários, buscando reduzir ainda mais a vacância. Além disso, há foco na possibilidade de venda de ativos estratégicos, medida que pode otimizar a estrutura de capital e fortalecer os resultados no médio prazo.
Esse movimento é visto como uma tentativa de ajustar o portfólio para manter equilíbrio entre geração de caixa, ocupação e distribuição de rendimentos, pilares fundamentais para fundos imobiliários de tijolo.
Conclusão
O relatório do XPIN11 trouxe sinais positivos, como a manutenção de dividendos atrativos, a redução da vacância física e a queda da inadimplência. Embora ainda haja desafios ligados a processos judiciais e recebíveis em aberto, a postura ativa da gestora demonstra esforço em consolidar o desempenho do fundo e aumentar a previsibilidade para os cotistas.
Com dividend yield anualizado acima de 12%, saldo acumulado relevante e melhora operacional, o fundo segue em ritmo de ajustes estratégicos para enfrentar os próximos meses.