O mês de abril trouxe novidades relevantes para o fundo Kinea Hedge Fund (KNHF11), um dos maiores e mais diversificados fundos de fundos do mercado brasileiro. Gerido pela Kinea, braço de investimentos do Itaú, o fundo apresentou dados sólidos que chamaram a atenção do mercado — tanto em alocação de capital quanto em performance e resultado líquido.
Alocação diversificada e estratégia robusta
Ao final de abril, o KNHF11 apresentava uma alocação bastante diversificada: 64,0% em CRI, 13,2% em cotas de FII, 29,1% em imóveis, 1,0% em ações, 8,2% em LCI e 3,4% em instrumentos de caixa. Vale destacar que as posições em LCI e caixa estão, em sua maioria, comprometidas com parcelas futuras relacionadas à aquisição de imóveis — ou seja, tratam-se de recursos estratégicos, já com destino certo.
Esse nível de diversificação, aliado à atuação ativa da gestão, tem sido um diferencial para manter o fundo resiliente mesmo em períodos de maior oscilação no mercado imobiliário e de crédito privado.
Novos investimentos totalizaram R$ 68,8 milhões
Durante o mês, a equipe de gestão do KNHF11 realizou dois novos aportes em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que somaram R$ 68,8 milhões. Uma das operações mais relevantes foi com o Grupo GS Souto, no valor de R$ 38 milhões, remunerada a IPCA + 12,00%.
A operação foi estruturada com uma série de garantias, como alienação fiduciária de cotas, cessão fiduciária de contratos e fiança dos sócios, além da presença de um fundo de juros para o período pré-operacional. Trata-se de um financiamento ligado a projetos de geração de energia — um setor com grande potencial de crescimento nos próximos anos.
Outra movimentação importante foi a aquisição de CRIs ligados à Creditas, totalizando R$ 30,8 milhões em diferentes classes de risco e retorno: senior, subordinada e mezanino. Esses papéis são lastreados por carteiras de empréstimos com garantia real (home equity), o que proporciona ao fundo uma exposição a ativos de crédito com menor Loan-to-Value (LTV) e retorno atrativo.
Portfólio de imóveis atinge 100% de ocupação
No segmento de imóveis físicos, o fundo celebrou uma conquista estratégica: 100% de ocupação do seu portfólio. A marca foi alcançada com a locação do último andar vago no Edifício São Luiz, agora ocupado pela A5X, uma nova bolsa de valores brasileira especializada em derivativos.
Esse tipo de movimentação mostra a capacidade da gestora de manter os ativos performando e atrativos para o mercado, o que impacta diretamente na geração de renda e valorização do patrimônio do fundo.
Performance acima do IFIX nas cotas de FII
Outro ponto de destaque foi o desempenho da carteira de fundos imobiliários (FII) dentro do KNHF11. Em abril, o retorno ponderado das posições foi de 3,10%, superando os 3,01% do IFIX. No acumulado de 2025, o KNHF11 já entrega 10,37%, enquanto o índice de referência avança 9,52%.
Durante o mês, o fundo movimentou R$ 2,6 milhões em compras nos segmentos de Escritórios, Logística e Renda Urbana. As vendas somaram R$ 2,4 milhões, concentradas em posições de CRI. Entre os destaques de valorização estiveram os fundos de tijolo — com foco em Híbridos, Logística, Escritórios, Shoppings — e os fundos de fundos (FoFs).
Por outro lado, os FIIs de CRI apresentaram desempenho mais tímido, ainda que positivo. Essa seletividade demonstra o posicionamento da gestão frente ao cenário atual de juros e liquidez.
Resultado líquido e reserva acumulada
O KNHF11 reportou um resultado líquido de R$ 21,6 milhões em abril — uma alta relevante frente aos R$ 19 milhões registrados em março. O crescimento do lucro operacional mostra que a carteira está não apenas gerando caixa, mas também ganhando eficiência.
Além disso, o fundo mantém uma reserva acumulada não distribuída de R$ 0,62 por cota, o que oferece margem para estabilidade na distribuição futura de dividendos, mesmo em momentos pontuais de menor geração.