AFHI11 vale a pena? Conheça esse fundo imobiliário

Hoje iremos verificar se o AFHI11 vale a pena como uma opção para estudo. Acima de tudo, é importante destacar que esse artigo não reflete nenhuma recomendação de compra ou venda. Por isso, use esse conteúdo apenas para fins de aprendizado. Neste texto, iremos falar sobre as principais características do AFHI11 e seu portfólio atual.

Em primeiro lugar, antes de sabermos se o AFHI11 vale a pena como opção de estudo, vamos entender os principais conceitos desse ativo. Esse fundo de investimento imobiliário do tipo papel, entrou no mercado em 2021, tornando-se um ativo relativamente recente. Apesar de sua curta existência, o fundo já atraiu uma base de quase 24 mil cotistas. Sobretudo, isso indica um interesse significativo por parte dos investidores. Com um patrimônio líquido de aproximadamente R$320 milhões, o FII AFHI11 demonstra solidez em seu tamanho e escala de atuação. Além disso, sua liquidez média diária na casa de R$1 milhão é um bom sinal da sua capacidade de negociação no mercado.

A gestão deste fundo é conduzida pela AF Invest Real Estate. Já a administração está a cargo do banco BTG Pactual. Seja como for, nos últimos tempos, a competente gestão desse FII tem chamado a atenção dos investidores, levando-nos a explorar mais detalhadamente se o AFHI11 vale a pena como opção de estudo.

Como saberemos se o AFHI11 vale a pena?

A princípio, utilizaremos 3 pilares para avaliação. São eles: Segurança, dividendo e preço. Todavia, não se esqueça de ler o relatório gerencial completo.

Segurança

Então, temos que começar com o quesito da segurança para definir se o AFHI11 vale a pena. Afinal, ninguém quer ter dor de cabeça com seus ativos, não é? Abaixo listaremos alguns dados de forma resumida:

O ponto mais importante para definir se o AFHI11 vale a pena como opção de estudo é olhar seus ativos. Seja como for, ele adota uma estratégia que prioriza investimentos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o que é apropriado para um fundo de papel. No entanto, uma característica notável da carteira de investimentos deste ativo é a sua alta pulverização. Como ilustrado na imagem acima, a maior alocação em um único CRI é de apenas 5,29%. Essa diversificação é uma prática recomendada, uma vez que ajuda a mitigar riscos associados a concentrações excessivas em um único investimento. Como regra geral, é aconselhável evitar fundos que tenham uma concentração superior a 15% em um único CRI.

Através da imagem apresentada acima, podemos observar que o FII AFHI11 mantém uma abordagem mais conservadora. Sobretudo, pois sua carteira de investimentos tem a maioria dos CRIs classificados como high-grade. Isso significa que a carteira é composta principalmente por investimentos que oferecem um baixo risco de crédito e inadimplência, proporcionando uma sensação de segurança para os investidores. Além disso, é importante notar que grande parte dos ativos está indexada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o que implica que, em cenários de aumento da inflação, este fundo tende a pagar dividendos mais generosos aos seus cotistas. Essa combinação de segurança e potencial de ganhos pode ser um fator que chama atenção ao definir se o AFHI11 vale a pena.

AFHI11 vale a pena diante de seu valor patrimonial?

O AFHI11 iniciou sua jornada em 2021 com um valor patrimonial por cota de R$97,07. Dessa forma, ele acabou apresentando uma evolução que merece análise. Atualmente, ele está avaliado em R$95,83. Embora haja uma leve queda ao longo do tempo, é importante notar que essa diminuição não é particularmente acentuada. Muitos investidores consideram que variações modestas no valor patrimonial são uma parte natural do mercado de fundos imobiliários e não necessariamente motivo de preocupação. O desempenho geral do fundo e sua capacidade de gerar renda podem ser fatores igualmente importantes a serem considerados ao avaliar o FII AFHI11.

Dividendos do AFHI11

Nos últimos 12 meses, esse FII apresentou dividendos bastante generosos. Ainda assim, é importante avisar para não usar apenas esse aspecto para definir se o AFHI11 vale a pena. Seja como for, isso atraiu a atenção de investidores em busca de alta renda. Todavia, este desempenho excepcional pode ser em grande parte atribuído à alta inflação que o Brasil experimentou recentemente. A indexação de parte da carteira do fundo ao IPCA permitiu que ele se beneficiasse desses cenários inflacionários, distribuindo rendimentos significativos aos seus cotistas. Também é importante notar que, por ser considerado high-grade, essa distribuição generosa não se manterá por muito tempo. Ainda mais, pelo cenário econômico macroeconômico que vem melhorando. Investidores devem estar cientes de que a dinâmica dos rendimentos pode evoluir ao longo do tempo.

Preço do AFHI11

Por fim, temos que destacar um fator muito importante para todo investidor. Ainda mais, pois é um dos pontos vitais para a análise. Atualmente, o AFHI11 vem sendo negociado por um valor levemente acima do seu valor patrimonial. Por isso, podemos dizer que está caro. Ainda assim, isso é uma métrica que varia muito e sempre é necessário ficar atento. Para fundos de tijolo, você pode usar nosso modelo de Gordon para definir um preço alvo.

Conclusão: AFHI11 vale a pena?

Em resumo, o FII AFHI11 se destaca como um fundo com uma carteira bem diversificada, investindo em CRIs de alta qualidade que oferecem menos risco de crédito aos investidores. Além disso, sua capacidade de distribuir dividendos generosos nos últimos meses tem atraído a atenção daqueles que buscam renda em seus investimentos. No entanto, é importante mencionar que este fundo ainda é relativamente desconhecido no mercado, com uma base de cotistas não tão grande e uma liquidez que pode melhorar. Esses fatores podem ser considerados tanto como oportunidades quanto como desafios, dependendo da estratégia de investimento de cada indivíduo. No final das contas, o FII AFHI11 representa uma opção que combina segurança, diversificação e potencial de renda, mas os investidores devem estar cientes de sua relativa obscuridade no mercado e da necessidade de estudar melhor o ativo ou consultar um profissional qualificado.